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A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, juntou-se às suspeitas de países europeus sobre responsabilidade do Kremlin na presumível morte do chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, na queda de um jato na Rússia.

“Não é coincidência que o mundo inteiro esteja agora a olhar para o Kremlin quando um ex-assessor de Putin caiu literalmente em desgraça, repentinamente do céu, dois meses depois de tentar uma rebelião”, disse Baerbock.

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Na quarta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, já tinha dito que “poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso”. “Conhecemos este padrão na Rússia de Putin. As mortes e suicídios duvidosos, as defenestrações. Tudo casos por resolver e que apontam para um sistema de poder ditatorial”, acrescentou a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.

Entre os países europeus domina a cautela nas reações à queda do avião, na quarta-feira, que terá provocado a morte de Prigozhin.

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O porta-voz do governo francês, Olivier Verán, admitiu que existem “dúvidas razoáveis” sobre o sucedido, dados os laços mantidos durante anos entre Prigozhin e o Presidente russo, Vladimir Putin.

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No Reino Unido, fontes da Defesa consultadas pela rádio pública BBC identificam a agência russa de segurança, FSB, como principal suspeita da morte de Prigozhin, que viajava com outras nove pessoas, incluindo o “estado maior” do grupo de mercenários, no desastre de que não houve sobreviventes, segundo as autoridades russas.

Na Ucrânia, os serviços de informações do Ministério da Defesa mostraram-se convictos de que o Kremlin está por detrás da queda do avião que transportava Prigozhin.

“Apenas a propaganda russa pode assumir a probabilidade de que neste caso possa ter acontecido algum acidente fortuito. É claro que se trata de um ato terrorista deliberado“, defendeu o diretor de serviços Andri Yusov, numa entrevista televisiva. Yusov acrescentou que, embora a informação de que Prigozhin viajava naquele avião ainda precise de ser confirmada, o cenário mais provável é que ele fosse um dos passageiros.

Na quarta-feira, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Prigozhin era um dos passageiros do jato privado que se despenhou a norte de Moscovo, matando todos os ocupantes. Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.