Em condições normais, e olhando para aquilo que são as prestações normais do Sporting a nível de pontos somados nas competições europeias nas últimas temporadas, era complicado não ver os leões no pote 1 de um sorteio da Liga Europa. No entanto, naquela que foi a primeira temporada completa de Rúben Amorim em Alvalade e que terminaria com a conquista do Campeonato, as coisas não correram da melhor forma e, a seguir ao triunfo na terceira pré-eliminatória com o Aberdeen, a equipa caiu com estrondo no playoff a uma mão com uma goleada em casa com o LASK Linz. Com isso, acabou 2020/21 apenas com 2.500 pontos. Por isso, vai integrar o pote 2 do sorteio de 2023/24, tendo sempre pela frente um “tubarão” desta época.

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Ainda havia uma pequena esperança de que algo pudesse mudar mas para isso teriam de acontecer dois resultados em forma de fenómeno em simultâneo. Um deles até aconteceu, com o Dínamo Zagreb a perder a vantagem de 3-1 que levava da Croácia e a ser goleado pelo Sparta de Praga por 4-1. O outro, mais difícil, não ficou sequer perto: apesar de ter perdido em casa frente ao Ludogorets pela margem mínima, o Ajax tinha ganho na Bulgária por 4-1 e seguiu em frente no playoff. Com isso, o Sporting ficou como o melhor no pote 2, algo que de pouco ou nada conta porque as pontuações são aleatórias entre os oito de cada pote.

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Olhando para aquelas que foram as duas últimas equipas com entrada no pote 1, a Atalanta e o Rangers, têm atualmente um total de 55.500 e 54.000 pontos, respetivamente. O Sporting conta nesta altura com 52.500. Caso essa época de 2020/21 tivesse o número de pontos “normal”, os leões estariam sempre na frente.

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Apesar de tudo, há diferenças no potencial dos cabeças de série. Porquê? Jogar com Liverpool, Roma ou Bayer Leverkusen não é a mesma coisa do que defrontar West Ham, Ajax ou Rangers. Todavia, um desses obstáculos está sempre garantido, sendo que é do pote 3 que poderão sair as maiores dificuldades, tendo em conta que entre conjuntos mais acessíveis como Maccabi Haifa, Sturm Graz ou Sheriff (apesar de ainda estar na memória aquela vitória história no Bernabéu para a Champions) está também um potencialmente mais complicado que é o Brighton, equipa de Roberto De Zerbi que foi a sensação da última Premier League. O pote 4, tendo conjuntos de dimensões e valias diferentes, não apresenta nenhuma equipa “inacessível”.

Pote 1

  • West Ham (Inglaterra), Liverpool (Inglaterra), Roma (Itália), Ajax (Países Baixos), Villarreal (Espanha), Bayer Leverkusen (Alemanha), Atalanta (Itália) e Rangers (Escócia)

Pote 2

  • Sporting (Portugal), Slavia Praga (Rep. Checa), Rennes (Itália), Olympiacos (Grécia), Betis (Espanha), LASK Linz (Áustria), Marselha (França) e Qarabag (Azerbaijão)

Pote 3

  • Molde (Noruega), Brighton (Inglaterra), Sheriff (Moldávia), Saint-Gilloise (Bélgica), Friburgo (Alemanha), Sparta Praga (Rep. Checa), Sturm Graz (Áustria) e Maccabi Haifa (Israel)

Pote 4

  • Toulouse (França), AEK Atenas (Grécia), Backa Topola (Sérvia), Servette (Suíça), Panathinaikos (Grécia), Rakow (Polónia), Aris Limassol (Chipre) e Häcken (Suécia)