O dia 567 de guerra na Ucrânia continua a ser marcado pela visita de Estado de Kim Jong-un à Rússia. Durante a manhã, o líder da Coreia do Norte e Vladimir Putin encontraram-se pessoalmente, pela primeira vez em quatro anos, no cosmódromo de Vostochny.

À chegada, ambos discursaram sobre a relação dos dois países: “Atualmente, as relações com a Federação Russa são a primeira prioridade do nosso país”, afirmou o líder da Coreia do Norte, acrescentando: “Apoiaremos sempre as decisões do Presidente Putin e dos dirigentes russos e estaremos juntos na luta contra o imperialismo.”

Com o fornecimento de armas e munições da Coreia do Norte à Rússia em cima da mesa no encontro desta quarta-feira, Putin garantiu que a Rússia vai “respeitar” as sanções internacionais mas que há “perspetivas” de colaboração militar entre a Rússia e a Coreia do Norte.

Durante a tarde, o Departamento de Estado dos EUA avançou que administração Biden “não hesitará” em impor sanções adicionais à Rússia e à Coreia do Norte se os dois países estabelecerem novas negociações sobre armas. “Já tomámos uma série de medidas para sancionar as entidades que intermediaram a venda de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia e não hesitaremos em impor sanções adicionais, se necessário”, disse Matthew Miller.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O que aconteceu durante a tarde e noite?

  • O encontro de Vladimir Putin e Kim Jong-un terminou. Entre os últimos temas discutidos esteve a possibilidade de enviar um cosmonauta norte-coreano para o espaço.
  • Deste 18 de julho, 105 instalações das infraestruturas portuárias na Ucrânia foram danificadas na sequência de ataques russos.
  • O secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou que se encontrará na próxima semana, durante a Assembleia-Geral, com os Presidentes da Ucrânia, da Turquia, e com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.
  • O deputado russo Andrei Gurulyov disse que os “britânicos estão a tentar destruir os nossos reatores nucleares” e que a Rússia devia lançar mísseis contra alvos no Reino Unido, dando o exemplo de Rishi Sunak.
  • A Hungria anunciou que vai prolongar a proibição de importações de cereais da Ucrânia em conjunto com a Roménia e a Eslováquia, seguindo a decisão da Polónia, mas a Bulgária quer sair do acordo e suspender a medida.
  • O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu esta quarta-feira que a era pós-Guerra Fria terminou com a invasão russa da Ucrânia e afirmou que o seu país deve liderar o novo período com “humildade”.
  • A administração Biden avançou que “não hesitará” em impor sanções adicionais à Rússia e à Coreia do Norte se os dois países estabelecerem novas negociações sobre armas, avançou o Departamento de Estado dos EUA.
  • O Presidente ucraniano adiantou que a prioridade do orçamento do estado de 2024 será a defesa e a segurança do povo ucraniano.
  • O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, manifestou esta quarta-feira preocupação com as próximas conversações entre a Rússia e a Coreia do Norte e advertiu o país liderado por Kim Jong-un de que nenhum país deve ajudar Vladimir Putin a “matar inocentes ucranianos”, sublinhando que Pyongyang terá que enfrentar as consequências se o fizer.

O que aconteceu durante a manhã?

  • Wang Yi, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, vai estar em Moscovo, para reunir com o homólogo russo, Sergei Lavrov, já na próxima segunda-feira, dia 18.
  • A Coreia do Norte lançou esta quarta-feira dois mísseis balísticos que caíram no Mar do Japão, numa altura em que o líder Kim Jong-un está na Rússia para um encontro com o Presidente Vladimir Putin.
  • O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse esta quarta-feira que o país vai ajudar a Coreia do Norte a lançar satélites.
  • Von der Leyen acusa Vladimir Putin de ter tentado “usar o gás como arma de forma deliberada”. “Muitos acharam que não íamos ter energia suficiente para aguentar o inverno. Mas conseguimos, porque nos mantivemos unidos”, afirma a presidente da Comissão Europeia.
  • O estaleiro naval de Sebastopol, na Crimeia anexada pela Rússia em 2014, esteve em chamas, depois de um ataque com 10 mísseis e três lanchas rápidas, acusou Moscovo. Andriy Yusov, oficial da agência de espionagem militar ucraniana, confirmou o ataque.
  • Apesar das sanções internacionais, que garante que a Rússia vai “respeitar”, Vladimir Putin diz que que há “perspetivas” de colaboração militar entre a Rússia e a Coreia do Norte.
  • Downing Street reagiu ao encontro entre Vladimir Putin e de Kim Jong-un, considerando que a visita de Kim a Putin é sintoma do “isolamento” da Rússia e instando a Coreia do Norte a cessar “negociações sobre armas com a Rússia”.
  • Maria Zakharova rejeitou terminantemente que estejam em curso negociações para uma futura troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente envolvendo Alexei Navalny, o principal opositor do Kremlin, detido desde 2021.