792kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

"A nossa luta é a luta global": depois do beijo de Rubiales, a Espanha voltou ao campo para dar um murro na mesa

Este artigo tem mais de 6 meses

Espanha defrontou Suécia para a Liga das Nações e Athenea, que teve que explicar que companheiras não a consideravam traidora por ter tomado uma posição diferente da maioria, marcou na vitória (2-3).

GettyImages-1695674600
i

Seleção da Suécia juntou-se à Espanha nos protestos que marcaram o início do jogo

Getty Images

Seleção da Suécia juntou-se à Espanha nos protestos que marcaram o início do jogo

Getty Images

As jogadoras da seleção espanhola não têm prescindido da intervenção cívica mesmo no desempenho da sua profissão. Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque até a um certo limite que as internacionais por La Roja não se têm importado de pisar, derrubando barreiras em prol dos valores que escolheram defender. Os profissionais de futebol vivem atolados em convenções que tanto os impedem de dar cara por certas lutas mas a Espanha não podia estar mais imune a tais dogmas.

“Pedimos tolerância zero em relação a pessoas que esconderam, aplaudiram ou incitaram um abuso.” A conferência de uma Espanha partida

As campeãs mundiais voltavam a entrar em campo pela primeira vez desde que Luis Rubiales beijou Jenni Hermoso de forma não consentida na final disputada na Austrália frente à Inglaterra. A partida era com a Suécia, em Gotemburgo, na primeira jornada do grupo 4 da Liga das Nações. Se fosse preciso, as suecas disseram que alinhavam no eventual boicote ao jogo, caso as espanholas considerassem que essa era uma forma de protesto adequada no combate à violência de género.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Uma reunião até às 5h da manhã, um acordo com 21 jogadoras, as duas dissidentes: Mapi León e Patricia Guijarro mantêm renúncia a Espanha

O jogo acabou por decorrer. As jogadoras espanholas entraram em campo com a chamada cara de poucos amigos, mas a verdade é que ali tinham muita gente a apoiá-las. Na bancada do Estádio Gamla Ullevi, os adeptos da casa juntaram-se à manifestação das internacionais espanholas que, no momento da foto de equipa, ergueram o punho e mostraram a mensagem que traziam escrita no pulso: #SeAcabó. Em alguns casos, o número 10 de Jenni Hermoso também foi visível. De seguida, as duas equipas tiraram uma foto conjunta junto da mensagem “A nossa luta é a luta global”.

GettyImages-1695676597

Getty Images

A Espanha tem vivido dias agitados devido a todo o debate em torno da melhoria das condições de trabalho da equipa que, reivindicam as jogadoras, não se pode limitar à saída de Luis Rubiales da Real Federação Espanhola de Futebol (além de Jorge Vilda). Mapi León e Patri Guijarro, duas das jogadoras convocadas pela nova selecionadora Montse Tomé contra a própria vontade, abandonaram a concentração da equipa.

As convocadas por obrigação, a mudança do local de estágio e a ameaça de boicote: o retrato da concentração da seleção feminina

Athenea del Castillo, titular no jogo contra a Suécia, explicou publicamente que estava satisfeita com as condições oferecidas pela seleção neste momento e que, por isso, estava disponível para representar Espanha. Na véspera do jogo contra as suecas, a jogadora do Real Madrid teve que vir a público explicar que não tinha sido chamada de traidora pelas colegas, tal como chegou a ser noticiado no programa televisivo El Chiringuito. “Adotei uma postura diferente da maioria das minhas colegas”, escreveu Athenea nas redes sociais. “Expressei-lhes isso e tornei público através de um comunicado no qual deixei clara a minha opinião. Além dessa declaração, nem eu nem ninguém do meu círculo de confiança falámos sobre esta situação com alguém fora dele. Por esse motivo, peço que não se especule sobre o meu estado emocional”.

Por obra do acaso, foi Athenea del Castillo quem marcou o primeiro golo da Espanha frente à Suécia. Antes disso, Magdalena Eriksson, homenageada antes do encontro por ter alcançado as 100 internacionalizações, tinha inaugurado o marcador a favor das nórdicas. Na reedição da meia-final do Mundial, Eva Navarro acabaria por, com um remate em jeito ao ângulo, colocar a Espanha na frente. Lina Hurtig respondeu ao marcar dentro dos dez minutos finais, deixando o encontro empatado, mas Amanda Ilestedt acabaria por cometer grande penalidade no último dos quatro minutos de compensação. A central do Arsenal viu o cartão vermelho e ofereceu a Mariona Caldentey o 3-2 final a favor da Espanha.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos