A temporada do PSG está a começar de forma irregular, com três empates e uma derrota em sete jornadas na Ligue 1 e a ideia de que a reconquista do título francês não será o habitual passeio no parque. Ainda assim, os parisienses viveram recentemente uma semana muito positiva, entre a goleada ao Marselha e a vitória na Liga dos Campeões contra o Borussia Dortmund, e tudo parecia mais encaminhado — até chegar um novo travão de mão.

No sábado, a equipa de Luis Enrique não foi além de um empate sem golos contra o Clermont Foot, num jogo sem grande história, sem grande qualidade e sem grande relevância. Ou seja, perdeu mais dois pontos e escorregou na antecâmara da visita desta quarta-feira ao Newcastle, na segunda jornada da Liga dos Campeões, onde voltar a vencer era crucial para deixar o apuramento bem sustentado.

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Ainda assim, Vitinha garantia que a Liga dos Campeões é um objetivo do PSG — nunca uma obsessão. “Quando pensas demasiado numa coisa, às vezes não acontece. Queremos desfrutar da Liga dos Campeões, mas não estamos obcecados. A união sagrada com o público será a chave para esta temporada. Este sentimento de que estamos todos juntos vai ser muito importante e irá permitir-nos ir o mais longe possível”, explicou o médio português em entrevista à Téléfoot, acrescentando tudo o que tem aprendido com o Luis Enrique.

“As ideias de Luis Enrique adaptam-se bem ao meu estilo de jogo e isso é importante para mim. Acredito que vou conseguir aprender muito com ele. Mantenho a técnica e a alegria com a bola. Com ele consigo ter um jogo mais completo com e sem bola”, disse Vitinha, que ainda referiu que Mbappé é “o melhor jogador da atualidade” e que tem uma ótima relação com o avançado francês.

Eddie Howe nunca tinha ido a um jogo da Liga dos Campeões. Na primeira vez, arrancou um empate em San Siro

Era neste contexto que o PSG visitava um Newcastle que empatou com o AC Milan na jornada inaugural e que precisava de pontuar para alimentar o sonho do apuramento para os oitavos de final. Luis Enrique lançava Gonçalo Ramos no onze inicial, com Mbappé e Ugarte a serem também titulares e Danilo e Vitinha a começarem no banco, enquanto que Eddie Howe colocava Tonali, Miguel Almirón e Bruno Guimarães, nuns magpies que vinham de três vitórias consecutivas — incluindo uma goleada histórica ao Sheffield United e a eliminação do Manchester City na Taça da Liga.

O Newcastle abriu o marcador ainda nos 20 minutos iniciais, com Miguel Almirón a aproveitar um erro defensivo dos franceses para surgir na área e atirar cruzado (17′). Dan Burn aumentou a vantagem ainda na primeira parte, num lance em que o PSG demonstrou uma fragilidade defensiva alarmante (39′), e os ingleses foram para o intervalo a vencer por dois golos de diferença.

Na segunda parte, porém, tudo ficou pior para o PSG. Cinco minutos depois do intervalo, Sean Longstaff apareceu na área a atirar cruzado e certeiro e levou os números do resultado ao quase escândalo (50′). Os franceses reduziram pouco depois, por intermédio de um cabeceamento de Lucas Hernández (56′), mas o Newcastle carimbou a goleada nos descontos e através de Fabian Schär (90+1′).

No fim, o Newcastle goleou o PSG em Inglaterra e assumiu a liderança do Grupo F, já que AC Milan e Borussia Dortmund empataram na Alemanha. E para Luis Enrique, de forma clara, só fica uma ideia: o problema dos franceses não é passageiro, é só mesmo um problema.