O empresário Daniel Noboa venceu a segunda volta das eleições presidenciais do Equador, no domingo, com 52,30% dos votos, tornando-se no presidente mais jovem da história do país, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Com a adversária de esquerda, Luisa Gonzalez, a atingir os 47,7% dos votos e no momento em que estão contabilizados “mais de 90% dos votos validados a nível nacional, o CNE considerou que estes resultados são irreversíveis e que o Equador elegeu virtualmente Daniel Noboa como Presidente”, declarou a responsável do órgão eleitoral, Diana Atamaint.

Luisa González, correligionária do ex-Presidente progressista Rafael Correa (2007-17), aceitou a derrota e felicitou Noboa.

O presidente eleito do Equador disse, pouco depois, que vai começar já a trabalhar para construir um “novo Equador”.

A partir de amanhã, a esperança começa a funcionar, a partir de amanhã, Daniel Noboa, o novo Presidente da República, começa a trabalhar”, afirmou.

Noboa, de 35 anos, é um político inexperiente e herdeiro de uma fortuna construída com o comércio de bananas, passando a liderar o Equador num período marcado por uma violência sem precedentes, marcado pelo assassínio de um candidato presidencial.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Seis suspeitos de assassinar candidato à presidência do Equador são mortos na prisão

A sua carreira política começou em 2021, quando ganhou um lugar na Assembleia Nacional e presidiu à Comissão de Desenvolvimento Económico. O empresário formado nos Estados Unidos abriu uma empresa de organização de eventos quando tinha 18 anos e depois ingressou na Noboa Corp., do pai, onde ocupou cargos de gestão nas áreas de transporte, logística e comercial.

O pai, Álvaro Noboa, é o homem mais rico do Equador graças a um conglomerado que começou com o cultivo e o transporte de bananas — a principal cultura do Equador — e que atualmente inclui mais de 128 empresas em dezenas de países. O pai candidatou-se à presidência cinco vezes, sem sucesso.

O mandato do Presidente vai durar apenas até maio de 2025. A Assembleia Nacional foi dissolvida em maio, quando os deputados instauraram um processo de destituição contra o Presidente a que sucede, Guillermo Lasso, por alegadas irregularidades num contrato celebrado com uma empresa pública.