As autoridades norte-americanas anunciaram, esta segunda-feira, novas medidas preventivas para combater os recentes atos de antissemitismo nos campus universitários dos Estados Unidos, enquanto continua a guerra aberta entre o movimento islamita Hamas e Israel.

Segundo a Casa Branca, altos funcionários do Departamento de Educação norte-americano vão visitar as universidades de São Francisco, Saint Louis e Maine, para debater e abordar a questão do antissemitismo, a que se seguirão centros universitários em Nova Iorque e Baltimore.

Os departamentos da Justiça e da Segurança Interna também participarão nas visitas, que têm como objetivo manter o diálogo com as comunidades judaica, muçulmana e árabe, indiretamente afetadas pelos acontecimentos no Médio Oriente.

A administração do Presidente Joe Biden está também a tentar acelerar a iniciativa lançada há mais de uma semana para incluir o antissemitismo e outras formas de “intolerância religiosa” na Lei dos Direitos Civis.

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Tal significa que os grupos judaicos não podem ser discriminados no âmbito de qualquer programa ou atividade que receba ajuda estatal.

A Casa Branca manifestou profunda preocupação com “um padrão extremamente perturbador de mensagens antissemitas” nos campus universitários norte-americanos desde a ofensiva do Hamas contra Israel, a 07 deste mês, que matou cerca de 1.400 pessoas, sobretudo civis. Algumas das mensagens apelam à eliminação do Estado de Israel.

“Estes sentimentos e ações grotescas chocam a consciência e dão a volta ao estômago. Também nos recordam o nosso compromisso, que não pode ser esquecido: nunca mais”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, numa referência ao Holocausto.

O número de mortos devido aos bombardeamentos do exército israelita na Faixa de Gaza, na sequência dos ataques do Hamas, subiu para mais de 8.300, indicaram as autoridades do enclave controlado pelo movimento islamita.