O departamento de Saúde da Junta da Galiza (Xunta da Galicia) revelou esta terça-feira estar a colaborar com Portugal na investigação dos surtos de ‘legionella’ naquela região espanhola (Galiza) e no concelho de Caminha, com o objetivo de perceberem se os 17 casos identificados estão relacionados.

“Os especialistas vão analisar e sequenciar as amostras recolhidas nas localidades afetadas para determinar se têm relação”, informa o Departamento de Saúde da Junta de Galiza, em Espanha, numa nota de imprensa enviada à Lusa.

A instituição acrescenta que a equipa da Direção Geral de Saúde Pública se reuniu “com os homólogos em Portugal para trocar informações sobre os casos de ‘legionella’ galega e os detetados no Norte de Portugal, especificamente na cidade de Caminha”.

“Ainda não é possível concluir qual a fonte de exposição” à bactéria da ‘legionella’, refere o departamento de saúde espanhol, recordando que “o contágio ocorre, geralmente, por meio de aerossóis”.

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Dez pessoas estão infetadas com ‘legionella’ nos municípios de A Guarda e O Rosal, na Galiza, Espanha — sendo que sete permanecem hospitalizados — e em Caminha, situada do outro lado do rio Minho, foram identificados sete casos.

Na segunda-feira, o departamento espanhol divulgou serem nove os pacientes, tendo surgido “um novo caso confirmado, cujos sintomas surgiram há pelo menos uma semana”.

Foi iniciada uma investigação ambiental, com recolha de amostras de água das zonas onde residem as pessoas afetadas na Galiza, assim como do domicílio de cinco delas, mas os resultados “foram negativos”.

A Guarda fica em frente ao concelho de Caminha, onde um surto de ‘legionella’ tornado público no dia 14 infetou sete pessoas.

Os dois municípios estão separados por cerca de seis quilómetros e pelo rio Minho, estando também já suspendida a ligação por ‘ferryboat’ entre os dois concelhos.

O primeiro doente de Caminha infetado com ‘legionella’ foi notificado às autoridades de saúde no dia 10 de novembro e o sétimo na quarta-feira, dia 15.

Quatro dos infetados residem em Vila Praia de Âncora, dois em Moledo e um em Vilarelho, naquele concelho.

O delegado de Saúde do Alto Minho, Luís Delgado, disse na sexta-feira à Lusa que o surto de ‘legionella’ estava “restrito”, ao passo que 12 colheitas para apurar a origem da bactéria foram enviadas para o Instituto Ricardo Jorge, no Porto.

A Lusa questionou na segunda-feira a Administração Regional de Saúde do Norte sobre uma eventual investigação conjunta dos casos, mas não obteve resposta.