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Os parlamentos e governos dos três países bálticos manifestaram esta sexta-feira, numa declaração conjunta, apoio contínuo à Ucrânia e prometeram aumentar os gastos com a defesa e a cooperação face à ameaça russa, bem como garantir a independência energética.

A nota, assinada em Talin pelo presidente da Assembleia Interparlamentar do Báltico, Timo Suslov, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, em representação do Conselho de Ministros do Báltico, declara que os três estados vão esforçar-se por ajudar a Ucrânia “a vencer esta guerra o mais rápido possível”.

Os Estados Bálticos continuarão a fornecer à Ucrânia assistência militar, económica, humanitária e política. Vamos esforçar-nos para promover assistência militar eficaz e sincronizada à Ucrânia”, referem a Estónia, Letónia e Lituânia.

No documento, estas nações também defendem que a Rússia deve compensar integralmente os danos causados pela invasão da Ucrânia, o que inclui a utilização de fundos congelados nos países ocidentais.

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“A Rússia continua a ser a ameaça mais significativa e direta à segurança euro-atlântica e às normas e princípios subjacentes à ordem internacional baseada em regras”, realçam.

Sobre os atuais esforços para diversificar e garantir o abastecimento energético da região, os três países sublinharam que continuam preocupados com o fluxo contínuo de gás natural liquefeito da Rússia para a União Europeia (UE) e pediram o abandono de “todas as importações de energia russas o mais rápido possível”.

Neste sentido, destacaram também a importância das infraestruturas transfronteiriças e da cooperação energética e comprometeram-se a continuar a melhorar as interconexões de gás e eletricidade na região do Báltico.

Estes países lembraram que as suas redes elétricas estão programadas para serem dessincronizadas da rede russa em fevereiro de 2025.

Estónia, Letónia e Lituânia sublinharam ainda a importância de continuar a desenvolver a ligação ferroviária Rail Baltica, desde a capital da Estónia, Talin, passando pela Letónia, até à fronteira polaca e à rede europeia, um projeto cujo custo está a aumentar devido aos efeitos da guerra no setor da construção.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

O conflito prossegue com combates sangrentos na região leste, onde as forças de Moscovo desenvolvem ataques massivos em Kupiansk, Marinka e Avdiivka, enquanto as tropas de Kiev vão repelindo estas investidas e tentando progredir na região sul, nas frentes de Zaporijia e Kherson.