O jornal digital Politico considerou alguns dos líderes políticos europeus e avaliou-os com base num critério: é alguém com quem queira ir beber um copo? Para se referir a este charme, ou magnetismo, a publicação utiliza a palavra rizz.

Rizz? O estrangeirismo, eleito palavra do ano pela Oxford University Press, compreende a habilidade de atrair outra pessoa através do estilo, do charme, e do encanto. A palavra é formada a partir da segunda sílaba do inglês charisma e, sendo derivada, partilha com ela muito do seu significado.

Contudo, é mais do que carisma: é o ‘há qualquer coisa’ ou um je ne sais quoi. É o magnetismo que prende a atenção ‒ consciente ou não. Pertence àquelas categorias que habitualmente desafiam a nossa capacidade de racionalizar uma impressão. Expressão equivalente será o que entendemos, em português, ao dizer que alguém ‘tem muita pinta’, que nos ‘deixa encantados’ ou que ‘é uma pessoa com graça’.

A avaliação numa escala de 0 a 10, conduzida para o “unreality check” da publicação digital, é acompanhada de uma breve justificação.

A classificação mais elevada pertence a Volodymyr Zelenskyy, que recebe 9/10. O artigo destaca os discursos inspirados do Presidente da Ucrânia, a coragem com que enfrenta a guerra e até a estatura: designa-o como “short king”, um termo popular na internet para os homens a quem a baixa estatura não diminui o amor-próprio. “Zelenskyy foi uma celebridade antes de ser presidente, e nota-se”, declaram.

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Também Boris Johnson, ex-primeiro-ministro britânico, e a presidente do Parlamento Europeu Roberta Metsola estão bem classificados, recebendo respetivamente 7 e 6. O primeiro “é tão anti-rizz, que se torna rizz”, e a segunda destaca-se sobretudo, segundo a publicação, pelo contraste com o panorama cinzento da política europeia.

O Presidente Macron leva uma pontuação de 4 em 10. O artigo nota que depois do fascínio inicial com “Júpiter”, a “pinta” do chefe de estado francês tem vindo a decrescer. Por seu lado, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, recolhe 3 em 10 porque “construir uma personalidade assente na paixão pelo Senhor dos Anéis não marca muitos pontos com a malta fixe.”

No fundo da tabela pontuada encontra-se o chanceler Scholtz, que recebe 2 pontos pela “ desenvoltura de um contabilista debruçado sobre o reembolso do IRS.” Mas a autora da peça concede que “também não se quer demasiado rizz” à frente da maior economia da Europa

Por fim, sem qualquer ponto atribuído, o Politico coloca Vladimir Putin. O Presidente russo “é aquele com quem menos gostariam de beber um chá ou uma cerveja”, indicam e elencam como a invasão da Ucrânia, as relações com o Irão e a Coreia do Norte e ainda as fotografias “produzidas” de tronco nu “não são rizz.