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O comandante da Marinha russa, almirante Nikolai Yevmenov, acusou esta quinta-feira a NATO de aumentar a sua presença no Ártico com o objetivo de conter a Rússia.

“O aumento da presença militar das forças armadas unidas da NATO no Ártico é um facto consumado”, disse o chefe do Estado-Maior da Armada russa num fórum sobre o Ártico em São Petersburgo, segundo a agência de notícias russa Interfax.

Isto mostra, segundo Yevmenov, “que o bloco passou a ações práticas para formar mecanismos militares para a contenção da Rússia na região”.

De acordo com o almirante, a NATO está a realizar cada vez mais exercícios no Ártico “que não são de caráter defensivo, mas sim ofensivo”.

Realizam regularmente viagens a solo ou em grupo com navios de apoio da Marinha de Guerra dos EUA, dos países da NATO. Mantêm uma presença permanente de submarinos da marinha na região”, afirmou.

Além disso, Yevmenov assinalou um “aumento constante das atividades de preparação de combate da aviação estratégica dos EUA”.

“Considerando o Ártico como uma região de potencial conflito, os EUA e os países da NATO aumentaram as suas atividades na região, melhoraram as táticas das tropas em condições climáticas difíceis e expandiram a geografia das marinhas de guerra no Oceano Ártico”, afirmou.

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Atualmente, seis dos oito países com costas árticas são membros da NATO e, com a adesão da Suécia à Aliança Atlântica, só restará a Rússia.

Em outubro de 2022, os Estados Unidos da América anunciaram um novo plano para a zona do Ártico, o primeiro desde 2013, que enfatiza na segurança e na coordenação entre os países e na luta contra as alterações climáticas, num momento em que a concorrência estratégica na região aumenta, onde a Rússia e a China também têm interesses.

A região do Ártico abre novas perspetivas para a Rússia no contexto do aquecimento global, o que torna mais viável a Rota do Ártico, uma iniciativa que facilitará o transporte entre a Europa e a Ásia, mas que estará sob controlo russo.