A taxa de poupança das famílias atingiu 6,6% no terceiro trimestre do ano, um aumento de 0,8 pontos percentuais face aos três meses anteriores, segundo um destaque do Instituto Nacional de Estatística (INE), revelado esta sexta-feira.

Estes 6,6% foram resultado do aumento de 1,9% do rendimento disponível bruto das famílias acima do crescimento de 1,1% do consumo privado. O INE ressalva que, “salvo indicação em contrário, as variáveis aqui [no destaque] apresentadas são expressas em termos nominais, o que, no caso do consumo privado, significa que a sua evolução é marcada pelo comportamento dos preços”. Ou seja, o consumo sobe em volume uma vez que os preços crescem.

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É que em “termos reais, o consumo privado registou uma variação nula no ano acabado no 3º trimestre de 2023”, acrescenta o INE. No segundo trimestre do ano, a taxa de poupança tinha ficado nos 5,8%, subindo no terceiro trimestre para 6,6%. Ainda assim, longe dos mais de 10% registados no início da pandemia.

Fonte: INE

Segundo o INE, as remunerações e o saldo dos rendimentos de propriedade contribuíram em 1,6 e 0,4 pontos percentuais, respetivamente, para a taxa de variação de 1,9% no rendimento disponível das famílias.

Os dados sobre a evolução da economia já tinham mostrado que as famílias estavam a evitar compras mais importantes, incluindo aquelas que tipicamente envolvem crédito bancário. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no final de novembro, no terceiro trimestre despesa das famílias com os chamados bens duradouros, produtos como automóveis e eletrodomésticos, afundou 3,6%.

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