A palavra de ordem, nos últimos tempos, tem sido apenas uma: poupar. Não só porque vivemos um aumento generalizado do custo de vida, mas também porque estamos cada vez mais sensibilizados para a necessidade de adotar hábitos sustentáveis, nomeadamente, o de poupar energia.

Um dos sítios onde gastamos mais energia é a nossa casa. E se estivermos a falar das casas portuguesas, o consumo é ainda maior, tendo em conta que a construção no nosso país é famosa por não ser das melhores no que diz respeito à eficiência energética. Com efeito, segundo os resultados de um estudo, realizado em 2022, pela Lisboa E-Nova – Agência de Energia e Ambiente de Lisboa e pela AdEPorto – Agência de Energia do Porto, cerca de 40% dos participantes residentes em cada uma destas cidades admitem desconforto em relação à temperatura das suas casas no inverno. No verão, a situação também não é fácil, com 32% dos inquiridos de Lisboa e 23% do Porto a assumirem-se igualmente desagradados com o calor excessivo que sentem em casa.

Em concreto, cerca de 59% dos inquiridos na capital e 47% na Cidade Invicta identificam situações de ineficiência energética ao nível da construção das suas habitações, o que os leva a adotar soluções para minorar o problema, como seja o recurso a aparelhos de climatização ineficientes, o que, como se sabe, contribui enormemente para aumentar a fatura energética a pagar no fim do mês.

Com tanta energia gasta no interior das habitações, é cada vez mais importante ponderar a adoção de soluções sustentáveis, com vista a alterar o padrão de consumo. E isso pode – e deve – começar por cada um de nós, nomeadamente, ao aderirmos à eficiência energética, o que é possível graças ao Crédito ECOActivo, disponibilizado pelo ActivoBank para quem pretende tornar a sua casa mais amiga do ambiente e baixar a fatura da eletricidade, do gás e até da água.

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Mas afinal, onde é que gastamos mais energia em casa? De seguida, analisamos uma habitação típica portuguesa, indicando para cada divisão da casa algumas dicas de poupança e sustentabilidade.

Sala de estar

É aqui que muitas famílias portuguesas passam a maior parte do tempo quando estão em casa. Como tal, é também aqui que vários aspetos devem ser equacionados para reduzir as contas a pagar ao fim do mês.

Atenção à climatização – O recurso a aquecedores no inverno e a aparelhos de climatização no verão é uma das principais razões para os gastos energéticos nas casas portuguesas. Alguns aparelhos, como os termoventiladores, por exemplo, são baratos e parecem eficazes, mas a verdade é que gastam muita energia e apenas aquecem divisões de reduzidas dimensões, o que implica a necessidade de aquisição de vários aparelhos e mantê-los a trabalhar em simultâneo, se o objetivo for aquecer mais do que um espaço. Importa, pois, ponderar bem sobre qual a opção mais adequada a cada caso, que passa, muitas vezes, pela instalação de uma bomba de calor para aquecimento central, permitindo aquecer toda a casa de forma equilibrada, constante e eficiente.

Use lâmpadas de baixo consumo energético – Substitua as lâmpadas incandescentes e fluorescentes tradicionais por lâmpadas LED economizadoras de energia.

Opte por extensões de tomadas com interruptor – Ligue os vários aparelhos eletrónicos (TV, box, consola de jogos, etc.) a uma extensão elétrica com interruptor, para ser mais fácil desligar tudo quando não está a ser usado, durante a noite, por exemplo, e evitar os gastos de energia dos eletrodomésticos em standby.

TV longe da luz – Posicione o seu aparelho de TV longe de áreas particularmente iluminadas, pois a luz pode aumentar o brilho automático, o que faz consumir mais energia.

Jogue com os estores e os cortinados – Dependendo da estação do ano, deve abrir ou fechar as persianas e as cortinas para aproveitar, ou não, a luz e o calor naturais. Assim, nos meses de inverno, abra as persianas e as cortinas durante o dia para maximizar a utilização da luz natural, reduzindo a necessidade de acender as luzes. Mas feche-as ao escurecer para garantir que não há perda de calor.

Pelo contrário, nos meses de verão, deve manter as persianas e as cortinas fechadas durante o dia, para impedir a entrada de luz e calor, abrindo-as apenas à noite para refrescar a casa.

Use e abuse de mantas – São quentes e confortáveis e são perfeitas para a maior parte das noites de inverno, para ver TV ou ler um livro no sofá, evitando a necessidade de ligar o aquecedor.

Atenção às correntes de ar – Estas podem fazer perder até 25% do calor das habitações no inverno. Para o impedir, há que calafetar portas e janelas ou, em alternativa, usar veda-portas (ou os tradicionais “chouriços”) e ainda isolar as caixas dos estores.

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Cozinha

Há muitas formas de reduzir os gastos de energia naquele que é considerado o coração das casas portuguesas – a cozinha – sem comprometer a qualidade de vida da família. É nesta divisão que mais energia se consome, mas é também aqui que mais calor se gera, pelo que a otimização do espaço em termos energéticos é fundamental.

Cuidado com o forno – Use o forno apenas quando é indispensável, optando por outros eletrodomésticos mais eficientes para cozinhar, como o micro-ondas, por exemplo. Além disso, evite a utilização do forno no verão para não sobreaquecer a casa e, se o usar no inverno, deixe a porta aberta no final para deixar sair o calor (cuidado se houver crianças ou animais em casa). Outra coisa que deve igualmente fazer é ignorar as instruções de pré-aquecimento do forno, contidas nalgumas receitas, pois não têm grande utilidade prática a não ser gastar energia em vão.

Lave a loiça na máquina – Não há dúvidas de que se poupa água a lavar a loiça na máquina, mas é importante usá-la carregada, para otimizar a lavagem. Deixe de molho os recipientes com comida seca e muito agarrada, para que os restos de comida se libertem, evitando assim ter de os lavar novamente.

Feche a porta do frigorífico – De cada vez que abre a porta do frigorífico, o aparelho necessita de gastar energia extra para manter a temperatura. Como tal, reduza as aberturas de porta, tirando ou colocando tudo o que se necessita de uma só vez. Além disso, é necessário regular a temperatura para o espaço utilizado, isto é, se tiver poucos alimentos guardados, não necessita de regular o frigorífico para a temperatura mínima.

Atenção à localização – Não coloque o frigorífico perto de janelas com forte exposição solar, para evitar o gasto de energia extra.

Use apenas a água de que precisa – Quando usa a chaleira ou coze legumes, por exemplo, use apenas a água necessária, para evitar gastar água e energia em excesso.

Lave os vegetais numa bacia – Para lavar os legumes para a salada ou para a sopa, opte por colocar a água numa bacia e fechar depois a torneira, evitando gastar mais água do que é realmente necessário.

Eletrodomésticos eficientes – Quando for necessário substituir os eletrodomésticos da sua cozinha, opte pelos que são de uma classe de eficiência energética mais elevada (classificados como A).

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Quarto

O motivo que leva a maiores gastos energéticos no quarto prende-se sobretudo com a climatização da divisão. Ao melhorar o fluxo de ar no ambiente, especialmente durante a noite, é possível poupar energia, conseguindo manter uma temperatura confortável e agradável.

Cortinas e tapetes – Para atenuar o frio nos meses de inverno, recorra a tapetes para cobrir o chão (especialmente se este tem revestimento cerâmico ou de madeira), bem como a cortinas pesadas para limitar a entrada de frio pelas janelas.

Edredão e lençóis quentinhos – Antes de ligar o aquecedor, experimente usar um edredão e lençóis quentes (de flanela ou termorreguladores) para se aquecer nas noites de inverno.

Desligue os dispositivos eletrónicos – Se não estiverem a ser usados, retire os carregadores das tomadas, apague as luzes e desligue os aparelhos que habitualmente estão em standby.

Atenção às frestas das janelas – Qualquer entrada de ar vai arrefecer o ar da divisão no inverno ou aumentar o calor no verão, pelo que as janelas devem ser bem vedadas e as caixas dos estores também.

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Casa de banho

A eficiência energética na casa de banho pode ser reduzida a um conceito básico: utilizar menos água. Tenha atenção a pequenas fugas e sirva-se da água de uma forma consciente, até porque, ao fazê-lo, estará também a poupar a energia necessária para a aquecer.

Banhos curtos e mornos – Enquanto a água aquece, guarde a que não vai utilizar num balde para mais tarde servir para o autoclismo ou regar as plantas. Procure tomar banhos rápidos (se necessário, ligue um cronómetro com alarme para avisar quando tiverem passado cinco minutos) e menos quentes (até porque está provado que tomar banho com água muito quente pode prejudicar a saúde da pele.

Ventilação sim, mas apenas a suficiente – Não se esqueça de ligar o exaustor da casa de banho, mas desligue-o dez minutos depois de terminar o duche.

Lembre-se de fechar as torneiras – Quando lava os dentes, ensaboa as mãos ou faz a barba.

Autoclismo eficiente – Opte por instalar um autoclismo de descarga dupla ou, na impossibilidade de fazer esse investimento, coloque uma garrafa cheia de areia no interior do depósito caso não seja possível reduzir o fluxo da descarga.

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Exterior

Se vive numa moradia, há algumas alterações que pode fazer que lhe vão permitir poupar bastante na fatura energética e ainda contribuir para a sustentabilidade do planeta.

Regue as suas plantas com critério – Faça-o apenas quando necessário e nunca durante o calor do dia.

Comece a fazer compostagem – Informe-se sobre as vantagens da compostagem e comece quanto antes a fazer o fertilizante para as suas plantas, aproveitando alguns restos de comida não cozinhada e aparas de jardim.

Aproveite a água da chuva – Instale uma cisterna para poder aproveitar a água da chuva, a qual pode ser reutilizada novamente para lavagens, rega ou para o autoclismo.

Instale painéis solares fotovoltaicos – Para poder produzir energia grátis, limpa e renovável, e ao mesmo tempo reduzir a pegada ecológica, instale painéis solares com vista a cobrir grande parte das necessidades energéticas da sua habitação e, ainda, poder beneficiar de algum retorno financeiro se injetar o excedente na rede.

Instale uma wallbox – Para poder carregar o seu veículo elétrico sem sair de casa e não depender da disponibilidade dos carregadores da rede, opte por instalar uma wallbox e desfrute do conforto, comodidade e poupança que resulta de carregar o veículo em casa.

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Crédito ECOActivo – para dar energia a uma vida mais sustentável

Se tem vindo a pensar introduzir alterações na sua casa com vista a torná-la mais sustentável, e ainda não deu o passo devido ao investimento que tal implica, saiba que o ActivoBank disponibiliza agora o Crédito ECOAtivo (TAEG 5,5% e TAN 4,00%). O objetivo é ajudá-lo a tornar a sua casa numa fonte de energia sustentável, uma vez que consiste num financiamento destinado às energias renováveis e eficiência energética.

Este é um crédito que pode ir de 24 a 120 meses, conforme o valor pedido, e está especialmente indicado para a produção/armazenamento de energia renovável para autoconsumo, sistemas de energia renovável para climatização de água quente sanitária, criação de pontos de carregamento de veículos elétricos, isolamento térmico de coberturas, paredes ou pavimentos, eficiência hídrica, caldeiras e recuperadores a biomassa, e janelas mais eficientes, com classificação energética classe A+.

Com este crédito, fica a estar um passo à frente em termos de elegibilidade para outras comparticipações de fundos nacionais, como o Fundo Ambiental (ver CAIXA).

O que é o Fundo Ambiental?

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O Fundo Ambiental é um apoio governamental destinado a impulsionar políticas relacionadas com as alterações climáticas, recursos hídricos, resíduos e conservação da natureza e biodiversidade. Entre outras iniciativas, este Fundo atribui incentivos para que os cidadãos possam comprar equipamentos ou adotar sistemas que promovam a sustentabilidade ambiental, contribuindo assim para o cumprimento dos objetivos relacionados com as alterações climáticas, as energias de fontes renováveis e a eficiência energética. Neste momento, aguarda-se a divulgação das datas de uma nova fase do programa, bem como os requisitos e condições da mesma.

Para contratar o Crédito ECOActivo, só tem de visitar o ActivoBank, no site, App ou num Ponto Activo, ou contactar através da Linha de Apoio ao cliente, apresentando o comprovativo das despesas a efetuar, e deixe que a sua vida se torne mais verde e sustentável.