O antigo líder do PSD Luís Marques Mendes avançou este sábado que nas listas da nova Aliança Democrática o CDS vai ter “garantidamente dois deputados, um em Lisboa e outro no Porto” e mais dois candidatos “numa zona cinzenta”, podendo os democratas-cristão vir a ter um grupo parlamentar com quatro elementos. No comentário semanal na SIC, Mendes aponta ainda três independentes que vão ser convidados a integrar as listas: o antigo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, o ex-presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa e o “grande especialista” em educação (e colunista do Observador) Alexandre Homem Cristo.

O comentador político considera que a coligação pré-eleitoral entre PSD e CDS é “uma decisão natural” com “vantagens para ambas as partes”, uma vez que o CDS “corria o risco de voltar a não eleger qualquer deputado” e o PSD “ganha porque o sistema eleitoral beneficia estratégias de concentração de votos”. Ou seja: “PSD pode eleger mais deputados do que se concorresse em separado.”

Apesar de destacar que “ainda não há convites”, Mendes destaca, além dos três independentes, os nomes do CDS que podem ser candidatos além do já confirmado Nuno Melo: “Paulo Núncio, Nuno Magalhães, Isabel Galriça Neto e João Almeida”. Além do líder centrista, segundo avança Marques Mendes, só mais um destes quatro vai em lugar elegível e outros dois lugar potencialmente elegível.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sobre o “caso das gémeas”, Luís Marques Mendes criticou ainda o facto de o filho do Presidente da República Nuno Rebelo de Sousa ter “por iniciativa própria” reunido “duas vezes com o secretário de Estado da Saúde”. O conselheiro de Estado questiona a legitimidade da ação de Nuno Rebelo de Sousa e diz que não foi, como disse, apresentar cumprimentos, mas sim “meter uma cunha, o que fez foi usar e abusar do nome do pai.” E acrescenta: “Não devia ter acontecido. É totalmente surreal.”

O comentador político questiona ainda: “Se Nuno Rebelo de Sousa quer ser figura pública e até  apresentar cumprimentos aos governantes, porque é que não aproveita esse estatuto dá uma explicação pública sobre o que aconteceu? Todo o país agradecia que o fizesse.”

Mendes diz ainda que, apesar de não ter “aparentemente” cometido qualquer crime, António Lacerda Sales “não sai bem nesta fotografia”. Isto porque, além de ter demorado “demasiado tempo a lembrar-se de ter reunido com Nuno Rebelo de Sousa”, ao fim de todo este tempo, !ainda não foi capaz de explicar quem é que do seu gabinete pediu a consulta ao hospital, porquê e por ordem de quem.”