A taxa de inflação homóloga em dezembro desacelerou para 1,4%, indicou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). É menos uma décima de ponto percentual face à taxa de inflação que tinha sido registada em novembro. Já a taxa de inflação anual ficou nos 4,3%, de acordo com a mesma estimativa, também uma desaceleração face à variação anual dos preços de 5% que se tinha calculado no mês anterior.

O principal contributo para a desaceleração da inflação mensal “provém do comportamento dos preços dos produtos alimentares, que terão diminuído 0,6% face ao mês anterior”, explica o INE.

A variação do índice relativo aos produtos energéticos situou-se em -10,5% (-12,4% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá desacelerado para 2,0% (3,5% em novembro)”, nota o organismo de estatísticas.

Esses foram dados importantes para travar a inflação global, já que o INE acrescenta que o indicador de inflação subjacente (que é o índice total excluindo produtos alimentares não transformados e preços dos produtos energéticos) foi calculado em 2,6% (uma desaceleração face aos 2,9% no mês anterior).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE).

Comparativamente com o mês anterior, a variação do índice de preços do consumidor terá sido de -0,5%, uma descida em cadeia mais profunda do que os -0,3% de novembro e a terceira queda dos preços (em cadeia) consecutiva.

O INE acrescenta que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que é usado para comparações europeias, subiu 1,8% em termos homólogos (menos do que os 2,2% calculados em novembro).

Estes dados estão na chamada “estimativa rápida” do INE, que é feita com a informação já apurada até ao momento. Os dados definitivos vão ser publicados a 11 de janeiro.

O Governo previa, no Orçamento do Estado para o próximo ano, uma inflação de 4,6% em 2023.