Os pedidos de asilo na Alemanha aumentaram 51% no ano passado, na comparação com 2022, para quase 330 mil, segundo o gabinete federal para a migração e refugiados.

Se aos pedidos de asilo recebidos em 2023 (329.120) forem somadas as solicitações posteriores feitas a Berlim, o total é de 351.915, segundo os dados revelados.

Novos pedidos de asilo na União Europeia sobem 10% em setembro para 98.240

Após a publicação dos números, a ministra do Interior, Nancy Faeser (do partido SPD), declarou que os dados demonstram a necessidade de “continuar sistematicamente” a abordagem de “limitar a imigração irregular” e afirmou que o governo “trouxe uma nova clareza à política de migração”.

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No outono, o governo alemão reforçou os controlos fronteiriços e anunciou várias medidas destinadas a que o país seja menos apelativo e em dezembro as candidaturas diminuíram cerca de 35% face ao mês anterior, uma possível consequência das políticas adotadas, segundo a AFP.

Destino preferido designadamente de migrantes da Síria, da Turquia e do Afeganistão, a Alemanha decidiu introduzir controlos fronteiriços com a Polónia, a República Checa e a Suíça.

Anteriormente, e desde a crise migratória de 2015/16, os controlos eram feitos apenas na fronteira com a Áustria.

O aumento das chegadas ilegais nos últimos meses provocou um aceso debate no país, cujas capacidades de acolhimento estão a esgotar-se.

Os municípios e as regiões alemãs, que também receberam um milhão de refugiados ucranianos desde fevereiro de 2022, dizem que estão no limite das suas capacidades de alojamento e de cuidados.

A situação beneficia, assim, a extrema-direita, que vive uma onda de sucesso eleitoral.

“O número de pessoas que atualmente nos procuram é demasiado elevado”, afirmou o chanceler Olaf Scholz, na apresentação de medidas para acelerar expulsões de pessoas cujo pedido de asilo foi rejeitado.