Pelo menos quatro polícias foram sequestrados no Equador depois da declaração do estado de emergência na segunda-feira, após a fuga da prisão do líder do maior grupo criminoso, divulgou esta terça-feira a polícia equatoriana.

Na cidade costeira de Machala, no sudoeste do país, foram sequestrados “três polícias que estavam de serviço”, anunciou a polícia na madrugada desta terça-feira na rede social X (antigo Twitter).

Um quarto polícia foi sequestrado em Quito por três indivíduos em “um veículo com vidros escuros e sem placa”, referiu a polícia local.

Na segunda-feira, o Presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou estado de emergência por 60 dias em todo o país, inclusive nas prisões, com recolher obrigatório entre 23h e 5h.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Empresário Daniel Noboa eleito Presidente do Equador, o mais jovem de sempre no país: tem 35 anos

A Procuradoria-Geral do Equador acusou dois agentes prisionais “envolvidos na fuga” de Adolfo Macias, de alcunha “Fito”, líder do gangue “Choneros”.

Equador abre investigação sobre suposta fuga da prisão de “Fito”, líder de gangue Los Choneros

Esse grupo de cerca de 8.000 homens, segundo especialistas, tornou-se o principal ator do tráfico de drogas em ascensão no Equador.

Adolfo Macias, de 44 anos, fugiu no domingo quando cumpria uma pena de 34 anos de prisão desde 2011 por crime organizado, tráfico de droga e homicídio.

O fugitivo já se tinha evadido, em 2013, de uma prisão de segurança máxima com outros prisioneiros e foi recapturado três meses depois.

Na sequência da declaração do estado de emergência, a polícia relatou violência na província de Esmeraldas (noroeste), controlada por grupos criminosos, e em outras partes do país.