Os internamentos por gripe nas Unidades de Cuidados Intensivos diminuíram na primeira semana do ano para 11,7% face à época do Natal e Ano Novo, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

O mais recente Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe e outros Vírus Respiratórios, do  Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge , refere que na semana de 1 a 7 de janeiro deste ano “a proporção da gripe em UCI (Unidades de Cuidados Intensivos) foi de 11,7%, valor inferior ao registado na semana anterior”.

Casos de gripe aumentam na semana do Natal, a maioria é do tipo A

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O documento, que faz uma análise dos dados relatados pelas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), refere que a proporção da gripe em Unidades de Cuidados Intensivos aumentou entre as semanas 50 e 52 de 2023 (Natal e Ano Novo), altura em que atingiu os 17,1%, valor acima do registado em períodos homólogos (proporção máxima de 13,5% na época 2013-2014).

No que se refere ao número de novos internamentos por infeção por RSV (Vírus Sincicial Respiratório) em crianças menores de 24 meses na rede de vigilância sentinela apresenta uma tendência decrescente nas últimas semanas, alertando o  Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge que, “no entanto, esta tendência tem de ser interpretada com cautela dados possíveis atrasos na notificação e o efeito do período festivo”.

Desde outubro de 2023 foram reportados 340 casos de internamento por Vírus Sincicial Respiratório pelos hospitais que integram esta rede de vigilância sentinela. Cerca de 48 % dos casos tinham menos de três meses de idade, 17 % eram bebés pré-termo e 9 % tiveram necessidade de ventilação ou foram internados em Unidade de Cuidados Intensivos, acrescenta o documento.

Segundo os mesmos dados, a mortalidade por todas causas tem registado valores acima do esperado desde o final do ano passado e nos grupos etários acima dos 45 anos.

No panorama internacional, até ao final do ano passado, as taxas de incidência de infeções respiratórias agudas e de síndrome gripal na comunidade mantêm uma tendência crescente no espaço europeu.