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Os serviços secretos ucranianos reivindicaram este domingo um ataque com drone que fez deflagrar um incêndio num terminal de gás natural russo no Mar Báltico, operado pela empresa Novatek em Ust-Luga, nos arredores de São Petersburgo. As operações tiveram de ser suspensas, de acordo com uma mensagem partilhada no Telegram pelo governador de Leningrado, Alexander Drozdenko, citada pela AP.

As autoridades locais disseram ter ouvido “explosões” nas instalações da Novatek, a segunda maior produtora de gás natural na Rússia, antes de o incêndio deflagrar. A ocorrência forçou os trabalhadores a abandonarem o local.

“O ataque foi preciso. Provocou um enorme incêndio, que ainda não foi extinto“, referiu uma fonte ao jornal russo RBK.

Antes de os serviços secretos ucranianos assumirem o ataque, a Novatek já tinha avançado que a análise preliminar mostrava que a ocorrência teria sido provocada por um fator externo. “Houve um fogo no complexo das instalações de produção da Novatek-Ust-Luga. Segundo a informação preliminar, o incêndio foi o resultado de ação externa”, disse a empresa, citada pela agência de notícias estatal russa RIA.

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Num vídeo partilhado no Telegram pelo jornal russo Baza, conhecido por ter contactos com os serviços de inteligência russos, é possível ver as chamas que deflagraram no complexo industrial. O governador de Leninegrado disse que as autoridades emitiram um “regime de alerta máximo” e convocaram uma reunião de emergência, de acordo com a Reuters.

Ust-Luga é um ponto importante no setor de exportação de energia russo, com um porto central para o envio de produtos petrolíferos para o estrangeiro. Em 2023, a Novatek processou 7 milhões de toneladas de condensados de gás estável, segundo o Financial Times.

Além deste ataque, as forças ucranianas lançaram este domingo mísseis sobre várias instalações militares nas regiões de Smolensk, Tula e Oriol. O alvo em Tula, a sul de Moscovo, foi uma fábrica onde se produzem mísseis antiaéreos Pantsir-S. Em Smolensk, o alvo foi uma fábrica de aviões.