O Ministério da Cultura espanhol quer fazer mudanças nos museus e anunciou que as coleções que fazem parte dos museus públicos serão revistas para ultrapassar o “marco colonial”. A explicação foi dada esta segunda-feira por Ernest Urtasun, ministro da Cultura desde novembro do ano passado, que acrescentou ainda que o objetivo é “garantir o exercício efetivo dos direitos culturais em Espanha”.

Citado pelo The Guardian, o ministro que faz parte do Sumar — plataforma que integrou o governo ao lado do PSOE — disse ainda que este ministério quer “superar um enquadramento colonial ou enraizado em hábitos etnocêntricos que tantas vezes prejudicaram a forma como se vê o património, a história e as heranças artísticas”.

Proteger a cultura e entender a sua importância para a construção de uma sociedade igualitária significa proteger a democracia, os direitos e liberdades fundamentais.”

No total, 17 museus serão alvo desta revisão e este trabalho já está, aliás, incluído no programa do Museu Nacional de Antropologia e do Museu da América e estão a ser analisadas obras de algumas exposições temporárias.

Também esta segunda-feira, o ministro da Cultura anunciou a criação de uma Direção-geral dos Direitos Culturais, para “combater qualquer forma de censura” na cultura. “A criação e produção cultural sofre um momento histórico de mudança em que a censura e a ingerência política ganham terreno na gestão cultural pública”, acrescentou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR