Começou a corrida aos Óscares 2024, com Oppenheimer a liderar as nomeações — 11 no total — que foram anunciadas esta terça-feira, dia 23 de fevereiro. Seguem-se Pobres Criaturas (11), Assassino da Lua das Flores (10) e Barbie (8). Ao mesmo tempo, começam as apostas. Para as fazer em consciência, deixamos a lista dos principais nomeados, com a melhor forma de ver (ou rever) os principais nomeados:

Melhor Filme

  • Barbie: A comédia (e não só) sobre a boneca mais famosa do mundo, interpretada por Margot Robbie com o seu Ken (Ryan Gosling), fez milhões e milhões nas bilheteiras e será difícil encontrar um amigo que não tenha visto o filme. Ainda assim, em Portugal, e caso tenha a subscrição da HBO Max, é possível rever, ou ver pela primeira vez, esta obra que pintou de cor de rosa as salas de cinema por todo o mundo. Também pode ver no videoclube da NOS.
  • Pobres Criaturas: Carminho, Emma Stone, uma Lisboa recriada em estúdio e Yorgos Lanthimos num filme que é visto como um dos mais exóticos desta temporada. Uma rapariga com tendências suicidas volta à vida, qual Frankenstein, para descobrir um maravilhoso mas também vil mundo onde, à espreita, pode estar qualquer um para se aproveitar da sua inocência. Estreia-se esta quinta-feira, 25 de janeiro, nos cinemas portugueses.
  • Assassinos da Lua das Flores: Martin Scorsese está no Tik-Tok. Está nas grandes cerimónias. Vai ser homenageado no Festival de Berlim deste ano. E vestiu a capa de super-herói do cinema clássico contra a indústria ruidosa dos blockbusters de super-heróis. Está, também, nas plataformas de streaming. Este drama de três horas sobre o massacre dos indígenas Osage pode ser visto na Apple TV+ e também no videoclube da NOS.
  • Maestro: Bradley Cooper viveu obcecado em dirigir uma orquestra. Em adulto resolveu explorar a vida íntima e boémia do maestro e compositor Leonard Bernstein. É provável que o ator vá para casa como um dos grandes perdedores dos Óscares, mas vale a pena espreitar o seu trabalho obsessivo na Netflix.
  • Anatomia de uma Queda: Justine Triet subiu ao palco nos Globos de Ouro e deve ter causado estranheza pelo seu péssimo inglês. Ou por ter levado para casa o prémio de Melhor Argumento. O filme vencedor da Palma de Ouro em Cannes tem sido uma das boas surpresas nos Estados Unidos e vai estrear-se a 1 de fevereiro em Portugal, depois de ter sido mostrado no LEFFEST em Lisboa.
  • A Zona de Interesse: A 18 de janeiro os portugueses ficaram a ter acesso a este pedaço de quase terror, feito por um inglês, Jonathan Glazer, sobre a banalidade dos dias de uma família alemã que vive do outro lado do muro de um campo de concentração. As críticas dividem-se: voyeurismo cinematográfico que mancha a carreira do realizador ou um retrato complexo e difícil de encaixar sobre um dos piores períodos da história da humanidade? O espectador que decida. Está também nomeado para Melhor Filme Internacional.
  • Vidas Passadas: Chegou-se a temer o pior nas várias redações do país. O fenómeno indie criado por Celine Song e pela A24 foi visto como o filme sensação da primeira metade do ano e tardou muito a chegar a Portugal. Esteve, no entanto, no Fest, em Espinho. Este romance sul-coreano (e norte-americano) que retrata as pontas soltas e amorosas de dois amigos de infância vai estrear-se a 8 de fevereiro por cá. É um belo mês cinéfilo, sim senhor.
  • Os Excluídos: Tem tudo para ser uma das grandes surpresas dos Óscares. Pelo menos, para Paul Giamatti, o ator veterano que tem ganho tração nas redes sociais depois de ter sido “apanhado” a comer numa cadeia de fast-food após os Globos de Ouro (onde venceu). Três protagonistas de uma escola ficam no estabelecimento de ensino em vez de irem ter com as suas famílias no Natal. A 14 de fevereiro, nas salas de cinema, descobrimos porque é que este filme tem dado tanto que falar.
  • American Fiction: Jeffrey Wright protagoniza um escritor casado, porque a indústria literária andar a lucrar com o que diz ser uma espécie de paternalismo condescendente contra o racismo. O que é que resolve fazer? Contrariar as suas parcas vendas com um livro “muito negro” para que todos os outros tenham imensa compaixão e se relacionem. Todos os preconceitos e imagens negativas, da violência às drogas, estão lá. Ainda não há data de estreia em Portugal do filme realizado por Cord Jefferson.
  • Oppenheimer: Biopic mais rentável de sempre, o filme realizado por Christopher Nolan que decidiu explorar a mente controversa e genial do criador da bomba atómica, Robert Oppenheimer, pode ser visto na Apple TV+ e no videoclube da NOS e da MEO. Veremos se Cillian Murphy e Robert Downey Jr, como ator principal e secundário respetivamente, serão os distinguidos da noite. Por enquanto, além da subscrição, ou aluga o filme por 4,99 euros ou compra por 13,99 euros.

Melhor Filme Estrangeiro

  • Sociedade da Neve: Está entre os mais vistos na Netflix. A queda de um avião que levava uma equipa inteira de rugby uruguaio em 1972 nos Andes tem sido o objeto mais apetecível daquela plataforma de streaming. O representante espanhol nos Óscares, realizado por J. A. Bayona, tem das cenas mais chocantes de 2023 e conta uma verdadeira história de sobrevivência. Dos 40 passageiros, 16 sobreviveram ao longo de 72 dias duros, longos e muito, muito frio.
  • A Sala de Professores: Não sabemos se terá sucesso quando se estrear por cá a 22 de fevereiro, mas, não sendo português, pode dizer muito a qualquer professor numa sala de aula no país. Carla Nowak, professora de uma escola de matemática, decide investigar uma série de roubos ao mesmo tempo que enfrenta uma estrutura escolar difícil de romper.
  • Dias Perfeitos: Wim Wenders num regresso aclamado também em Cannes com uma obra há muito ansiada, um filme sobre os detalhes de felicidade na vida de um japonês que limpa casas de banho públicas no seu país. Tem tido uma recetividade interessante, até em Portugal, com cerca de seis mil espectadores, e ainda pode ser visto no cinema. É melhor despachar-se.
  • Eu Capitão: O grande representante italiano vai estrear-se a 29 de fevereiro e não podia ser mais atual: um olhar sobre a crise dos refugiados, contando a história de um jovem senegalês que viaja até à Europa. Foi realizado por Matteo Garrone.

Melhor Filme de Animação

  • O Rapaz e a Garça: Depois de Hayao Miyazaki ter feito história ao conquistar um Globo de Ouro aos 83 anos, pode escrever mais um capítulo numa já longa carreira no cinema de animação japonês através do seu estúdio Ghibli. O jovem Mahito tem saudades da mãe e vai descobrir o mundo dos vivos e dos mortos. Contar o resto desta história seria estragar a maravilhosa obra que é O Rapaz e a Garça. Ainda pode ser visto no Cinema City de Alvaláxia, por exemplo. No resto do país será difícil encontrar já que estreou em novembro do ano passado.
  • Homem Aranha — Através do Aranhaverso: Começa a ser difícil dizer por palavras o quão imersiva, original e intensa é a experiência de ver esta nova abordagem a um dos super-heróis mais icónicos da Marvel. O filme esteve nos cinema em Portugal o ano passado e agora pode ser alugado por 3,99 euros na Apple TV+ ou comprado por 16,99 euros (além da subscrição). É tão bom que até tem um lusodescendente, Joaquim dos Santos, aos comandos da realização (partilhada). Para quem tem os canais TVCine, também pode ser visto no TVCine+ e no videoclube da NOS.
  • Elemental: Esteve no Festival de Cannes e agora está na Disney+ em Portugal. O filme de Peter Sohn, tal como todos os filmes da Disney que têm estreado na sua história recente, não fazem milhões na bilheteira como antigamente. Água e fogo, fogo e água, juntos,  Mas só se pode ser mais exigente se se for ao cinema ver. Ou a casa, neste caso.
  • Robot Dreams: Ainda não pode ser visto em Portugal. O realizador Pablo Berger, a par das notícias que ditam que, mais dia, menos dia, vamos todos ser controlados por robôs, decidiu fazer um filme onde um cão tem um melhor amigo que é precisamente uma dessas máquinas. Também passou no Festival de Cannes.

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