Carlos Moedas, o convidado-surpresa do comício desta noite da Aliança Democrática, recuperou o tema da imigração, introduzido nesta campanha por Pedro Passos Coelho, para acusar os socialistas e a extrema-esquerda de terem criado “o caos na imigração”.

Em Évora, o autarca de Lisboa começou por recordar o seu próprio percurso como emigrante e o facto de ser casado com uma imigrante para criticar as posições assumidas “pelo PS e pela extrema-esquerda” e para defender que a direita não deve aceitar lições de moral de quem nada fez pelos imigrantes. “Sim, o nosso país precisa de imigrantes. Mas, para isso, precisa de uma verdadeira política de imigração. O PS e a extrema-esquerda criaram o caos. Nós queremos receber com dignidade. Não podemos tolerar atentados contra a dignidade humana”, defendeu Moedas.

Antes, o presidente da Câmara de Lisboa defendeu que as eleições de 10 de março serão determinantes até para a saúde do sistema democrático. Recordando que o PS governou 23 dos últimos 30 anos, Moedas alegou que o “PS não é honesto com as pessoas” e que “deixou de ser um partido confiável”. [O próximo 10 de março] é uma escolha entre mais do mesmo, um PS que falhou em tudo; ou uma AD, em Luís Montenegro, que põe sempre as pessoas à frente. É mais do que uma escolha entre projetos; a mera hipótese de o PS vencer as eleições significa o falhanço total do sistema de alternância. Seria a destruição do sistema”.

“O PS apresenta ideias recauchutadas”, lamentou o autarca de Lisboa, que passou ao ataque: “Quando perceberem isso, começaram numa ideia negativa, na ideia de a AD ser um diabo, que vai fazer mal às pessoas. Têm medo que a AD venha trazer uma vida melhor às pessoas, porque se tiverem uma vida melhor não votam neles, votam em nós”, rematou Carlos Moedas.

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