A Câmara Municipal do Porto realizou no ano passado 1.599 intervenções em 120 palmeiras da cidade no âmbito de ações de controlo do escaravelho-vermelho, número inferior a 2022 devido à aplicação de um novo tratamento biológico, foi revelado esta quarta-feira.

Em resposta à agência Lusa, a autarquia esclarece que o número de intervenções realizadas no ano passado é menor ao de 2022 porque, a partir de fevereiro, “foi incluído um método de tratamento biológico mais um agente entomopatogénico [Beuvária]”.

A aplicação destes agentes “levou a uma diminuição de intervenções”, assinala o município, acrescentando que, no final de novembro, foi alterado o método de tratamento biológico para a endoterapia e aplicadas substâncias através de injeção direta no tronco, “onde não existe resíduos de calda”.

Esta metodologia “proporciona uma poupança de centenas de litros de água em caldas, materiais e recursos”, observa a autarquia.

A verificar-se o sucesso deste método de combate ao escaravelho-vermelho, “poderá reduzir-se o número para cerca de 400 intervenções por ano”.

“No entanto, salvaguarda-se que a praga existe e evolui ferozmente na procura de resistências aos produtos utilizados e disponibilizados”, nota a câmara.

Em 2022 foram realizadas 2.535 intervenções em 130 palmeiras, sendo que 10 encontravam-se num estado de latência. A estas palmeiras foi aplicado um tratamento biológico com “utilização de nemátodos (parasitoides invertebrados)”.

No ano passado, estas 10 palmeiras não foram tratadas “porque não tiveram resposta vegetativa”.

Em 2020 e 2021, a Câmara do Porto realizou 1.869 intervenções em palmeiras da cidade, tendo sido removidas nove palmeiras que “sucumbiram” ao escaravelho, uma na Praça Gomes Teixeira e oito no Passeio Alegre.

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