O Ministério de Situações de Emergência russo anunciou esta terça-feira o fim das buscas no local do atentado de sexta-feira, que fez pelo menos 139 mortos e 180 feridos na sala de concertos Crocus City Hall, na periferia de Moscovo.

“As equipas de resgate do Ministério de Situações de Emergência da Rússia concluíram as operações de busca no Crocus [City Hall]“, lê-se no comunicado oficial.

Os especialistas intervieram para colmatar as consequências do incêndio ateado pelos atacantes e terminaram a retirada manual dos escombros.

“Os trabalhos posteriores serão realizados mecanicamente, utilizando equipamentos de engenharia”, acrescentou o ministério russo.

No total, estiveram envolvidos nas operações de busca e resgate mais de 1.000 especialistas e 300 equipas.

A 22 de março, vários homens armados envergando equipamento de combate entraram na sala de espetáculos Crocus City Hall, num subúrbio moscovita, e abriram fogo sobre o público que aguardava o início de um concerto, antes de incendiarem o local.

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O atentado, que fez pelo menos 139 mortos e 180 feridos, segundo o mais recente balanço das autoridades russas, foi reivindicado pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), e os especialistas em terrorismo global apontam como principal suspeito o ramo afegão do EI, o Estado Islâmico no Khorassan (EI-K).

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Dezenas de espetadores que se encontravam na popular sala de concertos russa estão desaparecidos, desconhecendo-se o seu número exato.

As autoridades russas detiveram 11 pessoas relacionadas com o atentado, quatro das quais foram acusadas da autoria do massacre, do crime “ato de terrorismo”, punível na Rússia com prisão perpétua.

A embaixadora de Portugal em Moscovo, Madalena Fischer, deslocou-se esta terça-feira ao Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, onde, juntamente com outros embaixadores europeus e representantes diplomáticos, assinou o livro de condolências pelas vítimas do ataque terrorista no Crocus City Hall, indicou a embaixada portuguesa na rede social X (antigo Twitter).