O Ministério da Defesa polaco anunciou esta quarta-feira que retirou e destituiu, com efeito imediato, o comandante polaco da força militar internacional Eurocorps, após uma investigação de contraespionagem militar.

De acordo com um comunicado do Ministério de Defesa polaco, os serviços de informações “lançaram uma investigação de controlo” sobre o acesso do tenente-general Jaroslaw Gromadzinski a informações confidenciais, devido a “novas informações sobre o oficial”.

“Como resultado, foi tomada a decisão de destituir o general Gromadzinski das suas funções de comandante do Eurocorps e de o recolocar imediatamente no seu país”, informou o Ministério, acrescentando que outro oficial será designado para garantir a continuidade no cargo ocupado até agora pelo general, e que isso será realizado “com efeito imediato”.

Antes de se tornar comandante do Eurocorps, em junho passado, o general Gromadzinski foi conselheiro coordenador junto do chefe do Estado-Maior geral do Exército polaco.

Nos últimos meses, o general fez parte da equipa de ajuda internacional à Ucrânia estacionada em Wiesbaden, na Alemanha, onde, juntamente com militares norte-americanos, era responsável pela formação dos soldados ucranianos.

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Criado em 1992, o Eurocorps é um corpo de Exército único, composto por mil militares de seis países membros, denominados “nações-matrizes” (França, Alemanha, Espanha, Bélgica, Luxemburgo e Polónia), que financiam e administram a organização.

Várias “nações associadas” (Grécia, Turquia, Itália, Roménia e Áustria) também apoiam o Eurocorps, fornecendo-lhe oficiais para o estado-maior.

Este corpo — cuja missão é liderar e coordenar operações multinacionais de grande escala em nome da União Europeia (UE) e da NATO — pode comandar até 60.000 militares das forças terrestres.

O quartel-general do Eurocorps está localizado em Estrasburgo.