Nem a brilhante carreira desportiva afastou Oleksandr Pielieshenko daquilo que considerou ser certo: alistar-se no exército ucraniano após a invasão russa em fevereiro de 2022. Pouco mais de dois anos depois, chegou a pior notícia e a Federação Ucraniana de halterofilismo, através de um comunicado nas redes sociais publicado na segunda-feira, anunciou que o bicampeão europeu morreu na linha da frente da guerra.

“É com muita tristeza que anunciamos que o coração do honrado mestre dos desportos da Ucrânia, bicampeão europeu de halterofilismo, Oleksandr Pielieshenko, parou de bater. Apresentamos as nossas sinceras condolências à família e a todos os que conheceram o Oleksandr!”, escreveu o organismo.

Pielieshenko, de 30 anos, ganhou o Campeonato Europeu de halterofilismo em 2016 e 2017 na categoria -85kg. Em 2016, ficou próximo de uma medalha olímpica no Rio, tendo conquistado um quarto lugar, na categoria-85kg. O Comité Olímpico Ucraniano também expressou as suas condolências numa publicação no Facebook. “Logo nos primeiros dias da invasão em grande-escala, Oleksandr juntou-se à fileiras das Forças Armadas. A triste notícia da sua morte chegou ontem [domingo]”, pode ler-se na publicação.

A mesma publicação, que celebra a carreira do atleta olímpico, pede que o “herói” seja recordado com “memória eterna”. Também Viktor Slobodianiuk, treinador do halterofilista, se manifestou nas redes sociais. “A guerra leva o melhor de nós! Morreu heroicamente a defender a Ucrânia“, escreveu. E assegurou: “Heróis não morrem.”

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