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A cabeça de lista do Reagir Incluir Reciclar (RIR) às eleições antecipadas de 26 de maio na Madeira defendeu esta segunda-feira uma intervenção no antigo parque de campismo de Porto Santo, após receber “muitos relatos de descontentamento” da população.

“O que infelizmente vemos é que temos um governo que despreza estas pessoas, estes amantes da natureza, estes amantes da modalidade do campismo, e incentiva este turismo de luxo”, afirmou Liana Reis, em declarações à agência Lusa, após uma ação de campanha na ilha do Porto Santo, para contacto com a população e afixação de cartazes.

A candidata do RIR disse que ouviu “muitos relatos de descontentamento em relação ao antigo parque de campismo”, tendo a comitiva visitado o local, que tem “uma área enorme”.

Liana Reis sublinhou que o campismo é uma prática que “muita gente gosta, nomeadamente os amantes da natureza ou as pessoas com menos recursos para ficar num alojamento local ou nas unidades hoteleiras”.

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“O que propúnhamos perante aquilo tudo que vimos, aquela área extensa, era realmente uma divisão daquela área, junto à unidade hoteleira. Até concordávamos com um parque urbano, em que tivesse um parque infantil, que tivesse uma zona ali de lazer para os adultos, e a outra parte perfeitamente dava para mantermos o parque de campismo”, sugeriu a candidata.

Um dos maiores agravantes na utilização do espaço é que “não existem casas de banho”, apontou.

Do balanço do contacto com os moradores do Porto Santo, Liana Reis disse que se deparou com “um descontentamento geral, porque eles sentem muita desigualdade em relação aos residentes na [ilha] Madeira”.

A candidata destacou o relato de uma moradora que estava “muito revoltada com a questão dos transportes gratuitos” para as pessoas com mais de 65 anos na Madeira, medida que no Porto Santo não se verifica, bem como o de um senhor que desabafou que durante a vida toda trabalhou numa entidade do governo regional e “era pressionado, principalmente nas alturas das eleições, a votar no partido do poder e, agora, que está reformado há três meses […], finalmente sente-se livre […] agora pode manifestar a sua verdadeira intenção nos votos e falou com muito apreço dos partidos mais pequenos”.

“Quem sabe até seremos um dos candidatos ao voto desse mesmo senhor”, manifestou Liana Reis.

Outra das questões abordadas foi o transporte marítimo entre Porto Santo e Funchal, que em janeiro para manutenção do navio Lobo Marinho nos estaleiros de Viana do Castelo, em que a alternativa é a ligação área, mas que não satisfaz as necessidades da população, sobretudo por causa dos horários, indicou a cabeça de lista do RIR, propondo uma alternativa via marítima.

As legislativas da Madeira decorrem em 26 de maio, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.