João Lourenço, presidente de Angola, declinou esta quarta-feira o convite do homólogo ucraniano para participar na cimeira de paz na Ucrânia, que terá lugar na Suíça, no mês de junho, alegando motivos de agenda.

Portugal far-se-á representar no evento, como confirmado por Luís Montenegro a Volodomyr Zelensky. A 15 de maio, o primeiro-ministro português assegurou o seu esforço para garantir “o máximo apoio internacional” ao país em guerra desde fevereiro de 2022.

Segundo a RFI, que cita um comunicado emitido pelo gabinete de João Lourenço, durante a conversa telefónica que manteve com Zelensky, o Chefe de Estado angolano agradeceu o convite e reafirmou a posição de Angola sobre o conflito que opõe Rússia e Ucrânia, defendendo a procura de uma solução pacífica e duradoura.

Angola, que tem uma relação de cooperação estratégica com a Rússia desde a sua independência, em 1975, condenou a invasão da Ucrânia. Nos últimos meses o país tenha encetado esforços no sentido de se aproximar dos EUA, que apoiam a Ucrânia. Ainda assim, o país africano aceitou recentemente o convite do presidente russo para participar na Cimeira África-Rússia, em 2025.

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Montenegro promete a Zelensky obter “máximo apoio internacional” na Cimeira da Paz

Esta quarta-feira, o presidente ucraniano, através da sua página no X, partilhou também os resultados do “frutuoso telefonema” com o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi. “Saudámos a recente abertura da embaixada ucraniana em Maputo, que reforçará os nossos laços bilaterais”, apontou Zelensky, que assinala a participação de Moçambique na cimeira de paz.

“A segurança alimentar será um dos principais tópicos da Cimeira da Paz na Suíça, pelo que a participação de Moçambique na cimeira é de grande importância para nós”, assegura.