Da última vez que foi a votos sozinho, em 2019, o CDS conseguiu eleger três deputados. Nesse ano, o PSD perdia pela primeira vez a maioria absoluta e precisava dos democratas-cristãos para formar governo. Quatro anos depois, a Coligação Somos Madeira venceu as eleições, mas acentuou a quebra de resultados eleitorais e ficou dependente do PAN. A crise política e o caso a envolver Miguel Albuquerque quebrou a aliança PSD/CDS e obrigou o partido liderado por Nuno Melo a ir a votos sozinho.

Neste contexto muito particular, os democratas-cristãos liderados por José Manuel Rodrigues conseguiram aquilo que pretendiam: a eleição de um grupo parlamentar com dois deputados e 4% dos votos. Está longe dos resultados conseguidos pelo partido no passado — 17,63% (2011), 13,71% (2015), 5,76% (2019) –, mas o objetivo mínimo foi alcançado.

“Para partido que ia desaparecer não está mal. O CDS foi a votos em circunstâncias difíceis e acaba de eleger o seu grupo parlamentar. É um desempenho notável”, celebrou Nuno Melo, que acabou por reconhecer a vitória do PSD e de Miguel Albuquerque. “É o líder do partido que venceu eleições. O CDS saberá estar à altura das circunstâncias”, disse.

“Se o novo Governo Regional, que eventualmente será formado pelo PSD, acolher as propostas do CDS, nós estamos dispostos a viabilizar esse governo e esse orçamento, em nome da nossa responsabilidade política”, vincou o líder partidário”, corroborou José Manuel Rodrigues.

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