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O Presidente russo, Vladimir Putin, manifestou-se nesta quinta-feira disponível para ter em conta as propostas dos países membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) para resolver o conflito na Ucrânia.

“Agradecemos aos membros da SCO pela proposta de resolução deste conflito. A Rússia está certamente pronta a ter em conta as vossas ideias e iniciativas“, disse Putin durante a cimeira da organização, a decorrer na capital do Cazaquistão, Astana.

Putin afirmou que “nas condições atuais, quando o mundo está a sofrer mudanças rápidas e irreversíveis, é necessária a posição ativa e a iniciativa das organizações da sociedade civil no espaço internacional”.

Fundada em 2001, a Organização de Cooperação de Xangai é uma aliança política, económica e se segurança que integra China, Cazaquistão, Índia, Irão, Paquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão.

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A Bielorrússia, aliada da Rússia na guerra contra a Ucrânia, foi admitida nesta quinta-feira como membro de pleno direito da SCO.

O grupo de Xangai afirma representar 40% da população mundial e cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

A guerra em curso na Ucrânia foi desencadeada pela invasão russa do país vizinho em fevereiro de 2022.

Putin reafirmou na cimeira de Astana que a guerra é o “resultado da política absolutamente grosseira dos Estados Unidos e dos seus satélites”.

Referiu também que a Rússia “sempre defendeu e defende uma solução político-diplomática para a situação na Ucrânia” e que apresentou “repetidamente propostas concretas” sobre a questão.

“Recordo que, em meados de junho, foi apresentada uma outra variante de solução que, se fosse aprovada pela parte ucraniana e, sobretudo, pelos seus apoiantes ocidentais, teria permitido cessar imediatamente a ação militar, salvar vidas e iniciar negociações”, acrescentou.

O plano a que aludiu Putin foi divulgado a propósito da Cimeira de Paz para a Ucrânia, realizada sem a participação da Rússia em meados de junho, na Suíça.

Moscovo exigiu a retirada das tropas ucranianas das regiões anexadas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, a renúncia de Kiev à adesão à NATO e o fim das sanções ocidentais.

Em troca, Putin prometeu ordenar um cessar-fogo imediato e o início de conversações de paz.

Estas condições foram rejeitadas não só por Kiev, mas também pelo Ocidente, que reiterou o apoio à Ucrânia.

Kiev exige a retirada das tropas russas das quatro regiões anexadas desde fevereiro de 2022, bem como a Crimeia, que a Rússia ocupa desde 2014, como pré-condição para eventuais negociações de paz.