A democracia significa resolver as questões em conjunto e não dirigismo, afirma o Papa Francisco na introdução de uma antologia dos seus discursos intitulada “At The Heart Of Democracy”, publicada no jornal Il Piccolo.

“A democracia tem inerente um grande e inquestionável valor: o de estar juntos, do facto de o exercício do governo se realizar no seio de uma comunidade que se confronta livre e secularmente na arte do bem comum, que não é senão um nome diferente para aquilo a que chamamos política”, afirma o pontífice argentino, de 87 anos, na antologia.

Por ocasião da visita do papa a Trieste, no domingo, para a conclusão da 50.ª Semana Social Católica Italiana, o jornal Il Piccolo disponibilizou um texto inédito de Francisco, uma introdução a uma antologia de discursos e mensagens papais intitulada “At The Heart Of Democracy” (No coração da democracia).

No texto, o Papa sublinha que “a dificuldade das democracias em assumir a complexidade do tempo atual” parece por vezes “ceder ao fascínio do populismo”.

Em vez disso, “é precisamente na palavra ‘participar’ que se encontra o sentido autêntico do que é a democracia”, refere, sublinhando que “num regime estadista ou dirigista ninguém participa, todos assistem, passivos. A democracia, pelo contrário, exige participação”.

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