Siga aqui o nosso artigo em direto sobre o atentado a Trump

Ainda antes da tentativa levada a cabo por Thomas Matthew Crooks no sábado, as autoridades norte-americanas receberam informação sobre uma conspiração do Irão para tentar assassinar Donal Trump. Ameaças vistas como sérias e que levaram o Serviço Secreto a aumentar a segurança à volta do antigo Presidente dos EUA nas últimas semanas.

Os recursos adicionais não impediram o ataque de sábado num comício. Trump ficou ferido num evento de campanha na Pensilvânia, quando um jovem de 20 anos disparou em direção ao palco onde o ex-presidente fazia um discurso. Uma das balas atingiu a sua orelha direita, causando um ferimento leve. Segundo fontes ouvidas pela CNN International, não há indicação de que o jovem de 20 anos que Thomas Crooks esteja ligado a esta conspiração.

Gostava de xadrez, estudava programação e era eleitor republicano. Quem é Thomas Crooks, o jovem de 20 anos que disparou contra Trump?

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Segundo revelaram duas autoridades dos EUA à agência Associated Press (AP), ao ter conhecimento da ameaça, a administração liderada pelo democrata Joe Biden contactou altos funcionários dos serviços secretos para os alertar. A informação foi partilhada com o principal agente da equipa de proteção de Trump e da campanha do republicano, acrescentaram estas fontes, que falaram sob condição de anonimato, acrescentando que a ameaça levou a agência a aumentar os recursos e os ativos.

“Como já dissemos várias vezes, há anos que acompanhamos as ameaças iranianas contra antigos funcionários da administração Trump, que remontam à última administração”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, num comunicado citado no The Washington Post. “Estas ameaças resultam do desejo do Irão de se vingar da morte de Qassem Soleimani. Consideramos isto um assunto de segurança nacional e interna da mais alta prioridade”.

Ainda assim, a campanha de Trump não confirmou as informações: “Não fazemos comentários sobre a segurança do Presidente Trump. Todas as questões devem ser dirigidas aos Serviços Secretos dos Estados Unidos”.

Em declarações à Reuters, a missão iraniana com a Organização das Nações Unidas em Nova Iorque afirmou que “estas acusações não têm fundamento e são maliciosas”.

“Do ponto de vista da República Islâmica do Irão, Trump é um criminoso que deve ser processado e punido em tribunal por ter ordenado o assassinato do general Soleimani. O Irão escolheu a via legal para o levar à justiça”, diz a declaração do Irão.

Os funcionários do Serviço Secreto advertiram repetidamente a campanha de Donald Trump contra a realização de comícios ao ar livre, uma vez que representam maiores riscos do que os eventos cujo acesso pode ser melhor controlado. Os avisos têm sido de carácter mais geral, disseram as fontes, acrescentando que, por motivos de segurança, a campanha deixou também de realizar eventos espontâneos não registados, nos quais os convidados não era previamente revistados pelo Serviço Secreto.

As autoridades federais alertaram também para possíveis ataques por imitação ou retaliações relacionadas com as eleições após o atentado contra a vida de Trump. Por isso, uma equipa de segurança visivelmente reforçada passou a rodear o Presidente Joe Biden enquanto o candidato independente Robert F. Kennedy Jr. recebeu proteção do Serviço Secreto.