A Disney vai, afinal, aceitar que o processo de morte por negligência — movido pelo viúvo de uma mulher que morreu após uma refeição num resort — chegue a tribunal. A empresa estava a tentar bloquear o processo, remetendo para os termos e condições.

Esses termos e condições, que foram aceites pelo casal ao inscrever-se num período gratuito da plataforma de streaming Disney+, preveem que os utilizadores arbitrem as disputas com a empresa, segundo alega a Disney. Agora, recua nessa posição.

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Numa declaração enviada ao Observador, salienta que dadas as circunstâncias “únicas” do caso, a abordagem será também ela diferenciada. “Como tal, decidimos renunciar ao nosso direito à arbitragem e levar o caso a tribunal”, indica.

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Disney diz que homem não os pode processar pela morte da sua mulher num resort. O motivo? Subscreveram plataforma de streaming

“Na Disney, esforçamo-nos por colocar a humanidade acima de todas as considerações. Com circunstâncias tão únicas como as deste caso, acreditamos que esta situação justifica uma abordagem sensível para acelerar uma resolução para a família que sofreu uma perda tão dolorosa”, explica-se na declaração de Josh D’Amaro, chairman da Disney Experiences.

Em causa está a ação judicial por homicídio culposo interposta por Jeffrey Piccolo, viúvo da mulher que morreu depois de fazer uma refeição num dos restaurantes do resort em Orlando, durante uma visita do casal em 2023. Piccolo alega que o restaurante não tomou precauções suficientes relativamente às alergias da sua mulher, mesmo apesar de ter sido informado sobre a situação por diversas vezes.