Um militar foi definitivamente expulso da GNR depois de uma longa batalha judicial em que contestou o seu afastamento por ter assaltado bancos (e sido condenado por isso) — o último, foi em 2007.

Segundo o Jornal de Notícias, que conta a história, em 2007, o militar levou a cabo o último de sete assaltos, dois deles falhados, a agências do BPI e da Caixa Geral de Depósitos, em Cascais. Foi condenado a cinco anos de pena suspensa de prisão, por cinco roubos consumados e dois tentados.

Em 2009, foi punido com a separação de serviços (o que significa que foi expulso), mas levou o caso à justiça, alegando, por exemplo, que a decisão sancionatória era “excessiva, na medida em que foi mais longe do que aquela que o tinha condenado em sede criminal”, que era “respeitado por todos os camaradas de trabalho, inclusive os seus superiores hierárquicos” e que era um “delinquente primário, sem antecedentes”. Só em 2020, um tribunal considerou a ação “improcedente”. Insatisfeito, o militar interpôs recurso e só agora foi proferida a decisão, tendo o Tribunal Central Administrativo Sul confirmado a sentença de primeira instância.

No acórdão citado pelo JN, os juízes referem que os processos criminal e disciplinar têm finalidades distintas, pelo que são autónomos. O homem foi, assim, definitivamente expulso. O militar desempenhava funções administrativas na secção de informática da Brigada de Trânsito. Nos assaltos, não usava grandes disfarces nem recorria à violência. O jornal escreve que os assaltos eram anunciados por escrito, num pedaço de papel entregue aos funcionários.

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