O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, disse que o país não precisa de tropas estrangeiras no terreno para combater o grupo extremista Estado Islâmico, um dia depois de os Estados Unidos anunciarem o envio de forças especiais.

“Não são necessárias forças de combate terrestres estrangeiras no território iraquiano”, afirmou Al-Abadi numa declaração divulgada na terça-feira à noite e hoje citada pela agência France Presse.

“O Governo iraquiano sublinha que qualquer operação militar ou presença de força estrangeira, especial ou não, em qualquer ponto do Iraque, só pode ser concretizada com a sua aprovação e coordenação”, acrescentou.

O secretário da Defesa dos Estados Unidos disse na terça-feira que os Estados Unidos vão destacar uma “força expedicionária especializada” para o Iraque para combater ao lado das forças iraquianas e curdas contra o grupo ‘jihadista’.

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Essas forças terão a sua base no Iraque, mas poderão lançar operações para lá da fronteira com a Síria.

“Com o tempo, estas forças especiais vão poder conduzir ataques, libertar reféns, reunir informações e capturar líderes” do Estado Islâmico, disse Ashton Carter perante a comissão de Forças Armadas da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

Uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos realiza há mais de um ano ataques aéreos contra posições dos ‘jihadistas’ no Iraque, mas o presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou repetidamente que não haveria “botas no terreno”.

Desde o início dessa campanha, em agosto de 2014, aviões militares da coligação conduziram cerca de 8.300 bombardeamentos.

Os Estados Unidos enviaram por outro lado 3.500 conselheiros e formadores militares para o Iraque, forças cujo mandato não inclui missões de combate.