O Presidente da República deixou esta quarta-feira um aviso em que demonstra desconforto quanto aos vencimentos dos administradores da Caixa Geral de Depósitos ao defender que “se há fundos públicos, não é possível nem desejável pagar o que se pagaria se fosse um banco privado sem fundos públicos.”

Marcelo Rebelo de Sousa reiterou os avisos que tinha feito quando, a 30 de junho, promulgou o decreto-lei que permitia o fim de um teto salarial para os gestores do banco público voltando a afirmar que “o Governo devia estar muito atento ao valor que fosse fixado“, pois considera que os vencimentos devem “atender ao resultado de gestão, para que não houvesse valores muito elevados que não fossem acompanhados de resultados positivos”.

O Presidente afirmou ainda que já tinha advertido que “bancos privados tinham cortado os vencimentos aos administradores quando tinham recebido fundos públicos e tinham cortado até 50%”. Na altura, lembra Marcelo, as declarações eram “em relação a três bancos, um já saiu dessa situação. Hoje são apenas dois.”

Marcelo referia-se ao BPI, que já voltou a aumentar as remunerações por já ter pago o empréstimo ao Estado, e também ao BCP e ao Novo Banco, os que ainda têm os vencimentos cortados. O chefe de Estado sugere assim, que a Caixa Geral de Depósitos, como banco público, devia ter o mesmo cuidado que os bancos que receberam apoios públicos.

O novo presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai ganhar 423 mil euros anuais e os vogais executivos vão auferir 337 mil euros por ano, assumiu esta terça-feira o ministro das Finanças no Parlamento.

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