As coisas não começaram a correr bem a Portugal no segundo dia dos Mundiais de atletismo, com o 21.º lugar de Lecabela Quaresma na primeira prova do heptatlo, os 100 metros barreiras, e a eliminação de Tsanko Arnaudov e Francisco Belo da final do lançamento do peso. No entanto, a qualificação para a final do triplo salto feminino inverteu o cenário, com as grandes prestações de Susana Costa e Patrícia Mamona.

Patrícia Mamona começou o apuramento com 13.97 mas garantiu a qualificação direta logo ao segundo salto com 14.29, sendo nessa fase a quinta atleta com o nome confirmado na prova decisiva da especialidade. Já Susana Costa, que abriu o concurso com 13.83 e 13.88, partiu para o último salto com a obrigatoriedade de superar a fasquia dos 14 metros e conseguiu voar para 14.35, a melhor marca pessoal da atleta por um centímetro.

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E olhando para as marcas conseguidas no apuramento, a verdade é que as suas atletas portuguesas podem sonhar com medalhas: além da cazaque Olga Rypakova (14.57), medalha de bronze nos Mundiais de 2015 e nos Jogos de 2016 após a vitória nos Jogos de 2012, e da venezuelana Yulimar Rojas (14.52), medalha de prata nos Jogos de 2016, ninguém fez melhor registo do que a dupla nacional.

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Além destas duas atletas, marcarão também presença na final de segunda-feira a colombiana Caterine Ibarguen, medalha de ouro nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016 e atual campeã mundial em título, e a israelita Hanna Knyazyeva-Minenko, que foi prata nos últimos Mundiais realizados em Pequim. Kristin Gierisch (Alemanha), Shanieka Ricketts (Jamaica), Anna Jagaciak (Polónia), Neele Eckhardt (Alemanha) e Ana Peleteiro (Espanha) foram as outras saltadoras apuradas, numa qualificação que fechou na marca dos 14.07.

Patrícia Mamona e Susana Costa repetem a presença em simultâneo numa final depois dos Jogos Olímpicos do ano passado, que completaram no sexto e no nono lugares, respetivamente. Ao mesmo tempo, esta qualificação acabou por ser uma espécie de “vingança” perante o que tinha acontecido nos Mundiais de 2015, em que falharam o apuramento para o concurso decisivo. A título de curiosidade, Patrícia já tinha estado nos Jogos de 2012 neste mesmo Estádio Olímpico, falhando a final por apenas cinco centímetros.

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Patrícia, que este ano chegou aos 14.42 em Roma depois dos 14.65 conseguidos nos Jogos de 2016 (onde o nível da final foi muito elevado), sagrou-se campeã europeia no ano passado, curiosamente no mesmo dia em que Sara Moreira ganhou a meia maratona do Campeonato da Europa e que Portugal venceu a França na final do Euro.