A Rua dos Duques de Bragança, em Lisboa, deve o seu nome ao palácio da família aristocrata portuguesa, a mesma de que descende D. Duarte. Sem palácio, mas com uma casa num terceiro andar na dita rua, o duque, com 73 anos, recebe as visitas com o mínimo de cerimónia. “Vou pedir pizzas”, exclama. Dito e feito: meia hora depois, estavam três em cima da mesa, bem como pratos, talheres (à vontade não é à vontadinha) e um sortido de bebidas: uma coca-cola, uma cerveja artesanal e três sidras, duas delas de frutos vermelhos.

O casamento do princípe Harry e de Meghan Markle é já no sábado — D. Duarte, herdeiro da coroa portuguesa e um dos vários monarcas europeus não reinantes, tem as suas maiores afinidades distribuídas por outros reinos que não o de sua majestade, Isabel II. É onde estão os “primos”, como diz. Holanda, Luxemburgo, Bélgica, Áustria, Baviera e por aí em diante, só para termos uma amostra de como estas árvores genealógicas são complexas e cheias de nós cegos.

Há 23 anos, foi o próprio casamento do duque que deu que falar. Três mil convidados, uma igreja monumental, a dos Jerónimos, preceitos protocolares até mais não, e uma multidão de gente à porta com direito a acepipes e ecrãs. Até convites falsos houve, uma verdadeira festa. Este fim de semana, D. Duarte e D. Isabel não vão a Windsor.

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