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Marisa Matias foi a uma consulta e trouxe a receita para um acordo com o PS na lei de bases da Saúde

Marisa Matias tem vindo a afinar a mira. Esta quinta-feria, depois de uma visita a uma unidade hospitalar, a eurodeputada, que "está saudável", atirou novamente ao PS.

Artigo em atualização ao longo do dia

Os trabalhos parlamentares foram suspensos na quarta-feira devido à chegada da campanha eleitoral e isso notou-se de imediato na campanha do Bloco de Esquerda. Esta quinta-feira, em Coimbra, a comitiva do partido contou com vários reforços: Pedro Filipe Soares, líder da bancada dos bloquistas, José Manuel Pureza, eleito pelo distrito, e Moisés Ferreira, deputado responsável pela área da saúde. Todos escolhidos a dedo, já que a primeira ação do dia foi uma visita à Unidade de Saúde Familiar (USF) Cruz de Celas, em Coimbra, onde Marisa Matias aproveitaria para chorar as mágoas deixadas pelo recuo do PS na lei de bases da Saúde. “Mas ainda vamos a tempo de chegar a acordo“, lembraria, num derradeiro apelo aos socialistas.

Marisa Matias “está saudável” e quer “dar uma patinha” aos animais

O partido continua a apostar em ações onde o contacto popular não é uma peça central. Entre as várias visitas são deixados alguns recados. Mas não muitos. Na agenda, hoje era dia de falar do Sistema Nacional de Saúde para “recordar a sua importância” e defender a proposta de lei de bases defendida por João Semedo e António Arnaut. Uma mensagem que não é nova mas que toca sempre no coração de um socialista.

Antes ouvira a Dra. Fátima Branco falar dos sucessos e dos problemas da USF que dirige. Numa pequena sala, que era um dos exemplos da degradação das instalações, a médica mostrava-se orgulhosa pelos resultados, mas lamentava algumas carências. “Sabe que não baixaremos os braços na luta pela defesa do SNS“, respondeu Marisa Matias.

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O percurso pelos dois pisos do “edifício idoso”, como o caracterizou a diretora da unidade, foi feita em passo acelerado. A comitiva bloquista entrava nas salas, apresentava-se aos médicos e técnicos e saía. Finalmente, numa das salas, Marisa Matias sentou-se como se estivesse numa consulta e ouviu as explicações da médica sobre as funções que desempenhava na USF. “Obrigado por esta consulta”, diria Marisa Matias. “Pode ir, está saudável”, respondeu a médica, entrando na brincadeira. “Espero bem que sim”, concluiu a eurodeputada num suspiro que pareceu sincero.

A derrota, acredita, ainda não está consumada. "Estamos a tempo de o PS deixar o recuo e voltar aquilo que são as exigências de muitos militantes socialistas", concluiu.

A visita terminou ao cabo de dez minutos. Tempo suficiente para logo a seguir chegar ao pé dos jornalistas e passar a receita para que o acordo sobre a lei de bases da Saúde possa ser alcançado à esquerda. “Ainda vamos a tempo. As negociações estão a decorrer”, revelou, lembrando que o ponto fulcral para o Bloco de Esquerda é o fim das PPP na Saúde. “António Arnaut e João Semedo defendiam um SNS universal e a que todos tivessem acesso”. A derrota, acredita, ainda não está consumada. “Estamos a tempo de o PS deixar o recuo e voltar àquilo que são as exigências de muitos militantes socialistas”, concluiu.

Na agenda segue-se uma visita à Associação de Gatos Urbanos. “Vamos dar a mão, ou a patinha, aos animais, que eles precisam“, disse Marisa Matias antes de dar a ação de campanha por concluída.

Por Coimbra, numa busca difícil por… gatos

O ponto de encontro era a Praça do Comércio em Coimbra. Marisa Matias e a sua comitiva chegaram debaixo de uma chuva miudinha que teimava em fazer notar que o sol dos últimos dias foi mesmo de pouca dura. Assim como o discurso mais rasgado da candidata, que voltaria ao tom de moderação dos primeiros dias logo nas declarações que faria minutos mais tarde. Mas primeiro, os gatos.

A Associação Gatos Urbanos (AGU) foi criada há dez anos na cidade dos estudantes com uma missão: cuidar dos animais respeitando o facto de serem silvestres. A missão desta associação de voluntários resume-se em três letras: C, E e D. Cuidar, esterilizar e devolver, respetivamente. Depois dos cumprimentos devidos, começou o pequeno roteiro em busca de alguns dos gatos ajudados por esta associação.

Mas nem vê-los. Marisa Matias seguia na frente do pelotão com Cristina Paula, a presidente. “É da hora, que eles são noctívagos”, explicava Maria Paula Campos, da direção da AGU. “É porque somos muitos“, sugeria a eurodeputada, apontando para as três comitivas – bloquistas, voluntários e jornalistas – que faziam a tour pelos becos de Coimbra.

Depois de deambular sem sucesso, a presidente da AGU apontou para um portão. “Ali atrás costumam estar uns gatos pequeninos”. Marisa Matias entrou sozinha com Cristina Paula. Dois minutos depois saíram, garantindo que tinham avistado os primeiros gatos.

O tempo escasseava e ainda havia declarações à imprensa para fazer. Por isso, regressou-se à Praça do Comércio, onde a Associação construiu uma pequena casa de madeira para os animais poderem comer. E eis que aparecem dois pequenos felinos. Debaixo de uma desgastada porta de madeira, iam saciando a sua fome com um generoso naco de paté, tornando a ação menos embaraçosa e aliviando os bloquistas, que temiam o seu fracasso.

Uma das melhores coisas que a Europa fez foi colocar o bem-estar animal na agenda“, disse Marisa Matias. Esquivou-se de polémicas e manteve o foco no discurso europeu antes de abandonar o local rumo ao centro da cidade, onde o Bloco de Esquerda vai encerrar o dia de campanha com um comício.

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