795kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Social Media Applications on Iphone
i

Tumblr, Myspace e MSN Messenger tiveram anos áureos, mas, entretanto, saíram da ribalta

Getty Images

Tumblr, Myspace e MSN Messenger tiveram anos áureos, mas, entretanto, saíram da ribalta

Getty Images

No cemitério das redes sociais há ainda quem tente ressuscitar

Há redes sociais que não se conseguiram manter no auge. Algumas morreram, como o MSN Messenger, e outras transformaram-se. O hi5 é agora uma plataforma de encontros, mas está repleta de perfis falsos.

    Índice

    Índice

Corria o ano de 2007 e o site mais visitado em Portugal era o hi5. A rede social utilizada para conversar com amigos era considerada ‘cool’  entre os jovens, mas também entre as marcas. Em 2008, a plataforma era tão popular que foi selecionada para promover o Ford Fiesta quando o automóvel chegou a Portugal.

Em parceira com o Sapo e com patrocínios dessa plataforma, da Apple, da Motorola e da TMN foi lançado um reality show chamado “Ícones” no hi5, o primeira da rede social, para promover o Ford Fiesta. Foram selecionados cinco candidatos que, com a ajuda de um kit de sobrevivência (composto por um telemóvel, um carro, um computador, uma placa de acesso à internet, 500 euros quinzenais e o hi5), tentaram superar os desafios propostos a cada duas semanas. Ao longo dos dois meses que durou a competição, os candidatos menos populares foram sendo eliminados até que o vencedor ganhou um Ford Fiesta.

Apesar do sucesso inicial, o destino do hi5 estava traçado. Ao longo dos anos, com o surgimento de outras redes sociais com características consideradas mais inovadoras, com mais dinheiro angariado para contratar alguns dos melhores engenheiros do mundo e com mais funcionalidades, como é o caso do Facebook (que também já perdeu parte da popularidade que outrora teve), nem o hi5, nem outras que também estiveram na ribalta, como o MSN Messenger, o Myspace e o Tumblr, conseguiram continuar no caminho do sucesso.

Ouça aqui o episódio do podcast “A História do Dia” sobre os riscos de manipulação do TikTok.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O TikTok é a rede social mais perigosa?

As voltas que o hi5 deu até aqui chegar

O sucesso do hi5, criado em 2003 por Ramu Yalamanchi e Akash Garg, é atribuído pela CNN ao “timing“, com a justificação de que quando as redes sociais estavam a arrancar nos EUA, os dois cofundadores pensavam no resto do mundo. Seis anos após ter sido lançada, a plataforma sediada em São Francisco, na Califórnia, pensada e utilizada para o convívio entre amigos, só ficava atrás do Facebook e do Myspace. Com a chegada de redes sociais com um mais ferramentas, acabou por ir perdendo, progressivamente, a popularidade.

Ainda assim, há ainda quem utilize o hi5, que agora é uma plataforma de encontros. António Serra, de 25 anos, mantém a conta que criou quando a rede social estava no “auge”, mas raramente faz login no site que entretanto deixou cair o famoso “Top Friends”, onde era possível colocar os “melhores” amigos. O problema não é que a rede social tenha entrado no mundo do dating, mas sim que os seus amigos estejam todos noutras plataformas. A experiência de Lucas Martins é diferente. Na rede social há dois meses, o brasileiro detalhou que estava à procura de aplicações de encontros como o Tinder quando esta lhe apareceu como sugestão. Com o intuito de “fazer amigos e conhecer gente nova” mantém-se na plataforma, estando online várias vezes ao dia.

Para perceber as voltas que o hi5 deu até chegar ao mundo do dating é preciso recuar até 2004. Um ano após ser lançado estava a dar lucro. Os tempos que se seguiram foram de popularidade, mas não tanto no mercado norte-americano. Nos Estados Unidos a rede social não conseguia conquistar tantos utilizadores como os rivais Facebook e Myspace. Contudo, no México e em determinados países da América Latina era a plataforma mais popular.

A Forbes revelava em 2009 que o hi5 tinha 59,6 milhões de visitantes — dos quais 40% falavam espanhol. Porém, com o passar do tempo, a rede social caiu em desuso porque não conseguiu acompanhar o crescimento das rivais até se transformar numa plataforma de encontros.

Quantos utilizadores tem atualmente o hi5?

Mostrar Esconder

Se é uma tarefa relativamente fácil descobrir quantos utilizadores têm as redes sociais quando estão no “auge”, o mesmo não acontece quando saem da ribalta. Em janeiro de 2009, o hi5 tinha 59,6 milhões de visitantes. Quantos tinha em 2022?

A empresa detentora da rede social, a MeetMe, não revelou o número de utilizadores do hi5. Também não há notícias, na imprensa internacional, sobre o número atual de visitantes, desconhecendo-se, assim, quantas pessoas ainda utilizam o hi5.

Antes de criarem o hi5, os cofundadores desenvolveram um site de encontros para asiáticos chamado Sona. “O problema era que, uma vez bem sucedidos, os utilizadores” deixavam a aplicação, explicou o cofundador Ramu Yalamanchi à CNN. Com o problema identificado e com financiamento dos pais, a dupla lançou o hi5, que em 2011, foi adquirido pela Tagged, que tinha uma plataforma para conhecer pessoas. Seis anos depois, segundo o Tech Crunch, a Tagged (e o hi5) foi vendida por 60 milhões de dólares à MeetMe, uma aplicação de encontros que tenta competir com outras do género, como o Tinder.

“Fazer amigos e conhecer gente nova é a razão pela qual continuo no hi5."
Lucas Martins

Depois a compra, a MeetMe colocou um separador com o seu nome no hi5 onde é possível fazer match com os perfis que forem aparecendo. Aí e nas sugestões de amizade que a plataforma lhe vai apresentado, o utilizador é confrontado pelo elevado número de perfis falsos. Ao Observador, Lucas Martins diz que “quase” de minuto a minuto lhe “aparecem perfis de mulheres com apenas uma foto ou com um GIF para aceder a um site que é para maiores de 18”. Além disso, na opinião do jovem de 22 anos, os perfis falsos têm sempre “somente uma fotografia”, que tem “baixa qualidade”.

Apesar de classificar o hi5 como “muito mau” pelo elevado número de perfis falsos e embora não tenha nenhum dos seus amigos na rede social, Lucas admitiu que quando não tem “muita coisa para fazer” gosta de dar “uma olhada” para ver se “alguém mandou mensagem”. Para ver as mensagens que recebeu não é preciso pagar, mas para saber se a outra pessoa leu as que enviou, para saber quem viu o seu perfil ou para contactar os perfis mais populares é necessário ter o premium (modalidade na qual um mês custa 9,99€, três meses custam 7,19€ e meio ano 4,99€).

Não demora muito para mensagens de outros utilizadores — que não conhece de parte nenhuma — comecem a chegar. Ao aceder ao perfil dessas pessoas é possível ter acesso a algumas informações, embora não seja possível saber se são ou não verdadeiras, com a rede social a avisar, nos termos e condições, que não verifica “antecedentes criminais” e a pedir aos utilizadores para que “fiquem seguros” ao interagir com os outros. No perfil da maioria das pessoas aparece a última vez que estiveram online, quando criaram a conta, o género, a localização, a idade, o estado civil, a orientação sexual e os idiomas que falam. Há ainda um espaço para os “pets”, onde é possível comprar e vender perfis.

É suposto ser uma espécie de jogo, onde é possível competir com os amigos para ver quem consegue “ganhar valor” mais rapidamente: sempre que um perfil é comprado por outro, o valor do adquirido aumenta em 10%. Além disso, o jogo permite ganhar dinheiro virtual, que pode ser investido na compra de outros Pets.

O Observador estava no hi5 há poucas horas quando recebeu uma notificação a alertar que o seu perfil tinha sido comprado por outro utilizador. O comprador recebe um bónus por cada aquisição, que aumenta o valor do seu perfil. Caso pretenda, tem a possibilidade de “libertar” o perfil adquirido, mas é avisado de que a sua conta perde valor.

Não é possível recusar uma aquisição. A ideia é que os utilizadores comprem outros perfis e que esses mesmos perfis sejam comprados de volta pelo primeiro proprietário — num ciclo que não termina. Mas as pessoas no hi5 parecem não entender bem para que serve a ‘brincadeira’. “Não faço ideia”, comentou António Serra. Por sua vez, Lucas Martins afirmou que comprava “Pets”: “Fico sempre naquele teimosia: eles compram os meus, eu vou lá e compro de volta”. Questionado sobre se conseguia ter algum poder sobre as contas que comprava, disse que “não”.

In this photo illustration, the Tumblr social media App seen

Apesar de ter perdido a popularidade, pouco mudou no Tumblr

SOPA Images/LightRocket via Gett

É o Twitter que vai dar uma segunda vida ao Tumblr?

Quem queria partilhar um poema, um GIF do seu filme preferido, os seus pensamentos ou uma imagem artística era para o Tumblr que ia. E é no Tumblr que permanece, apesar da popularidade de outras redes. É o caso da conta @tragoador, que apesar de só ter chegado à plataforma em 2017 — quando esta já não estava no auge — não tem qualquer outra rede social.

“A liberdade de partilhar o que eu quisesse” e “o facto de ninguém me conhecer aqui” são os dois fatores que mantêm a brasileira, de 20 anos, no Tumblr, conta ao Observador no chat da rede social, onde, “dependendo do dia”, passa “bastante tempo”.

Criada em 2007 por David Karp, a rede social perdeu a popularidade, mas resistiu às mudanças dos tempos e sobreviveu sem grandes alterações. Continua a ser o sítio para partilhar pensamentos, seguir “blogues”, gostar de publicações, comentar, partilhar ou “reblogar” (o equivalente ao retweet do Twitter). Além dos posts de quem segue, o utilizador consegue ter acesso às tendências ou “ao que está a dar”. Ao longo de todos os dias da última semana do ano “Glass Onion”, a sequência do filme “Knives Out”, esteve em primeiro lugar dos assuntos mais falados, com especial destaque para o papel desempenhado por Janelle Monáe.

A conta @tragoador publica textos da sua autoria e os outros utilizadores que fazem o mesmo são os que mais gosta de seguir, não ligando muito aos tópicos que estão nas tendências. O facto de o feed continuar a ser cronológico, ao contrário do que acontece noutras redes sociais onde os conteúdos vistos são determinados com base num algoritmo, também é apreciado, uma vez que “não favorece ninguém”.

Em 2021, o site Mashable considerava que esta rede social tinha morrido, uma morte “lenta e dolorosa”. Um ano depois, foi a incerteza em volta do Twitter que deu uma nova vida ao Tumblr, que num tweet deu as boas vindas aos utilizadores que estavam a regressar apenas 15 dias após a compra de Elon Musk.

O The New York Times avançou que o número de novos utilizadores do Tumblr aumentou com a incerteza no Twitter e a rede social refere que atualmente conta com 135 milhões de utilizadores mensais ativos. Um número que contrasta com os mais de 420 milhões de utilizadores que tinha em 2014, segundo o The Guardian. Desses destacavam-se nomes como, por exemplo, Barack Obama, Lady Gaga ou Taylor Swift, que numa entrevista em 2019 ainda afirmava que o Tumblr era a sua rede social preferida.

Sendo as partilhas no Tumblr sem filtros, o regresso de utilizadores que ao longo dos anos foram para o Twitter assusta os outros que lá ficaram? @tragoador afirmou, em conversa com o Observador, que não. Acima de tudo pois não acredita que os seus amigos vão para o Tumblr, mas também porque considera que o aumento de utilizadores é positivo: “Na verdade, tenho mais medo que o Tumblr acabe devido à baixa popularidade”.

O Tumblr poderá estar num caminho de regresso à ribalta. O ator Ryan Reynolds, por exemplo, criou no início de novembro uma conta na plataforma e rapidamente os utilizadores começaram a colocar questões sobre se tinha deixado o Twitter, onde tem mais de 20 milhões de seguidores, mas não faz qualquer partilha desde setembro. A Mashable escreveu que foi a primeira indicação de que as celebridades poderão começar a procurar engajamento noutras plataformas que não a do pássaro azul. Contudo, considerou que o caso em particular do marido de Blake Lively é mais um exemplo das capacidades que tem para promover conteúdos em que participa. O ator criou a conta um dia depois de ser lançado o trailer de “Spirited” — filme da Apple Tv que conta também com Will Ferrell — e a primeira publicação que fez no Tumblr foram dois GIF de “Deadpool”, filme em que representa a personagem principal.

https://www.tumblr.com/vancityreynolds/699928174942896128/oh-hello-tumblr

No que pode ser interpretado como uma resposta aos rumores de saídas do Twitter para o Tumblr, Matt Mullenweg, CEO da Automattic (proprietária do Tumblr desde 2019) e cofundador do WordPress, deu conta de que de 1 a 8 de novembro os downloads da aplicação aumentaram tanto em iOs como em Android. Ainda assim, o The New York Times refere que poderá haver um outro motivo para a subida: o regresso da nudez à plataforma.

Para perceber a proibição de nudez é preciso recuar até 2013, o ano em que a Yahoo! comprou o Tumblr por 1,1 mil milhões de dólares. Quatro anos depois, a plataforma incluiu um “safe mode” que afastou, de acordo com a Vogue, muitas pessoas que eram consideradas a audiência principal da plataforma — que se aperceberam que longe iam ficar os dias da arte erótica ou das imagens para maiores de 18 anos. Com a emissão, em 2018, de uma proibição geral de conteúdo adulto, pelo qual também se tornou conhecida, escreve a New Yorker, a plataforma perdeu 30% do seu tráfego. O Business Insider avança que a decisão de retirar o conteúdo adulto foi tomada após a Apple ter removido a aplicação do Tumblr da App Store por evidências de pornografia infantil.

Como o Tumblr é uma plataforma de blogging, que dá destaque à publicação de textos e imagens e não aos comentários ou às mensagens privadas, pode revelar-se uma tarefa difícil conversar com outros utilizadores. A conta @tragoador admitiu que existem pessoas “que são mais fechadas”, sendo necessário algum tempo na rede social até que se torne “mais fácil” estabelecer “contacto com outros”. Mas a própria não é “muito de conversar” com as pessoas pelo Tumblr, ficando-se pela publicação de textos da sua autoria. A possibilidade de receber mensagens anónimas através da funcionalidade “pergunta-me qualquer coisa” não agrada à brasileira de 20 anos, que disse que aí o hate é bastante frequente”, mas que acredita que nada pode ser feito porque é “tudo em anonimato”.

Myspace, a rede social que não tem novidades desde março

Longe vai o tempo em que o Myspace ajudava a descobrir novos artistas como Artic Monkeys ou Calvin Harris ou que tinha páginas de perfil personalizáveis. Um dos recursos mais marcantes da rede social era mesmo a capacidade de personalizar tudo — desde o fundo do perfil ao top de melhores amigos. O auge da popularidade desta rede social chegou em 2008, mas com o crescimento de outras provou não conseguir reinventar-se e caiu no esquecimento.

Neste momento, o Myspace aparenta estar mais focado nas notícias de música. Ainda que as últimas já sejam do mês de março de 2022. A componente de chat também poderá já nem estar ativa, uma vez que sempre que o Observador tentou contactar os perfis ainda disponíveis na plataforma recebeu uma mensagem de “erro”. Com as zero atualizações desde março, não há muito para explorar. Embora dê para ouvir música ou ver vídeos, as pessoas recorrem a plataformas como o Spotify ou o YouTube para o fazer.

Myspace

Sempre que o Observador tentou contactar outros utilizadores do Myspace apareceu uma mensagem de erro

Myspace

Há uns anos, o Myspace ajudava artistas a aumentarem a sua base de fãs. Por exemplo, a banda Ghost carregou demos do seu primeiro álbum no Myspace. No caso dos Panic! At the Disco a plataforma serviu para recrutar o último membro da banda. Em novembro de 2004, mais de um ano após ter sido criado, o Myspace contava com cinco milhões de utilizadores. Dois anos depois, em 2006, de acordo com a Life Wire, tornou-se no website mais visitado nos EUA ao ultrapassar o Google Search e o Yahoo! Mail. Com o crescimento e a crescente popularidade de outras redes sociais, como o Facebook, tentou reinventar-se, mas nunca conseguiu inovar o suficiente para acompanhar a concorrência.

The Guardian escreve que embora muitos utilizadores tenham trocado o Myspace por novas redes sociais no final dos anos 2000, alguns mantiveram-se por lá. As bandas tinham construído uma verdadeira comunidade de fãs, porém um relançamento da plataforma, que é descrito pelo jornal britânico como desastroso, em 2013, obrigou a maioria das bandas a começar do zero e a reconstruir essas comunidades.

Depois, em 2016, a plataforma perdeu todos os conteúdos que aí foram colocados antes de 2016. Mais de 50 milhões de músicas de 14 milhões de artistas, imagens e vídeos desapareceram permanentemente, com a empresa a culpar uma migração defeituosa do servidor. Atualmente, muitos dos perfis disponíveis no Myspace não contam com fotografia.

Em 2019 esta rede social ainda tinha mais de sete milhões de visitas mensais. Os números atuais não são conhecidos, mas o Cnet diz que caíram para meros milhões. Por sua vez, o site Earthweb refere que, em junho do ano passado, o Myspace teve 6,9 milhões de visitas.

A morte repleta de nostalgia do MSN Messenger

Há quem não considere o MSN Messenger uma rede social. Tal como acontece com o WhastApp, para muitos é apenas um serviço de mensagens (instantâneas). Porém, no cemitério das plataformas que outrora foram populares tem um lugar. Mas a nostalgia não bastou para sobreviver.

Há quase 10 anos, em março de 2013, depois de a Microsoft comprar o Skype, o MSN Messenger deixou de funcionar. Para continuarem a conversar com os amigos que tinham na plataforma, os utilizadores tiveram que passar a utilizar o Skype. À época, o Engadget notou que a lista de contactos migrava automaticamente para essa plataforma: os utilizadores recebiam uma notificação para instalar o Skype e, alegadamente, ao carregar nesse aviso desinstalariam o MSN Messenger.

Existiu, contudo, uma exceção: a China. Nesse país a plataforma criada em 1999 continuava a ser relativamente popular e permaneceu ativa até ao final de outubro de 2014, quando começou a perder destaque para outras aplicações, como, por exemplo, o serviço de mensagens QQ, da Tencent.

Grande Muralha da pornografia inunda o Twitter na China para tentar esconder protestos da “revolta A4”

Dez anos após o lançamento, em 2009, o MSN Messenger chegou aos 330 milhões de utilizadores, número que nos anos seguintes foi diminuindo. O fim definitivo aconteceu quase em simultâneo com a ascensão do Skype, que em 2012 já contava com quase 300 milhões de utilizadores, de acordo com a BBC. Em abril de 2021, o Skype tinha mais de 300 milhões de utilizadores — ao passo que o MSN Messenger já não existia.

Nos primórdios, esta plataforma servia para falar com amigos por mensagem. Depois, evoluiu e passou a permitir a realização de videochamadas e a incorporar jogos. O “nudge” é uma das ferramentas pelas quais ficou mais conhecida. Esse aviso fazia a janela vibrar repetidamente para tentar chamar a atenção de outra pessoa.

O site Digital Spy, num artigo onde destaca 17 coisas que um utilizador “viciado no MSN Messenger se lembra, recordou que era possível alterar o “status” para aparecer “offline”. Assim, pode estar online sem os outros saberem. Era ainda possível colocar que estava “ocupado”, “ausente”, “numa chamada” ou “fora para almoço” se não quisesse ser incomodado por outros.

Além disso, a introdução da população aos emojis também ocorreu no Messenger. Os bonecos rapidamente começaram a fazer parte das conversas para substituir palavras. Para alimentar o vício dos utilizadores, a plataforma passou também a permitir que criassem atalhos que, quando usados, colocavam automaticamente os emojis. Desta forma, ao digitar, por exemplo, “111” poderia aparecer um emoji sorridente.

MSN Messenger: funcionalidade de "aparecer offline"

Os “status” do MSN Messenger

O MSN Messenger, o Tumblr, o hi5 e o Myspace são apenas quatro das muitas redes sociais que ao longo dos anos foram aparecendo, tiveram algum tempo de popularidade e depois desapareceram. Nesta lista poderiam ser colocadas muitas outras redes sociais. O exemplo mais recente talvez seja o Clubhouse, que só permite comunicar por voz e que na pandemia “explodiu” em termos de popularidade com a participação em algumas salas de famoso (por lá andavam Mark Zuckerberg ou Elon Musk). Porém, uns meses depois deixou, aparentemente, a ribalta e, desde então, não tem sido muito falado.

Quantos utilizadores tem o Clubhouse?

Mostrar Esconder

Em março de 2021, o Clubhouse disse ter 10 milhões de utilizadores semanais ativos. As contas dos cofundadores Rohan Seth e Paul Davison eram as que tinham mais seguidores.

Desde então, a plataforma não voltou a revelar o número de utilizadores ativos. E os dados disponíveis online divergem. No Statista o Clubhouse continuava, em julho de 2022, com 10 milhões de utilizadores semanais ativos. Na estimativa do site Business of Apps esse número diminuiu mais de 60%: para 3,5 milhões de utilizadores semanais ativos.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos