Olá

833kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Paus e o Caos em todo o lado ao mesmo tempo

A banda tomou-lhe o gosto pela colaboração e recrutou um trio. Em entrevista, o quarteto fala da composição de um novo álbum como uma espécie de “terapia”, um desafio para testar limites.

“Vai com calma, que eu já cheguei nervoso.” Canta-se assim o refrão de Calma, a música que abre Paus e o Caos, espécie de aviso tácito para a intensidade que se segue no sexto álbum da banda. Todavia, no Haus, o estúdio em Lisboa que serve como quartel-general para o grupo, imperou a descontração, se bem que pontuada pelo entusiasmo de regressar aos palcos.

O Observador esteve com os Paus e acompanhou um ensaio na véspera da banda fazer as primeiras datas de promoção a este lançamento: primeiro no Porto, a 29 de setembro no M.Ou.Co., e depois em Lisboa, subindo ao Teatro Maria Matos esta terça-feira, 3 de outubro. Desta vez, é preciso arranjar mais espaço entre a bateria siamesa de Quim Albergaria e Hélio Morais, os teclados de Fábio Jevelim e o baixo de Makoto Yagyu, já que partilham responsabilidades com João Cabrita no saxofone, Iúri Oliveira nas percussões e Iguana Garcia na guitarra — substituindo Thomas Attar, que foi quem participou no disco.

Entre cigarros e piadas, a banda recebeu as primeiras impressões em vinil do novo álbum e explicou de onde este surgiu. Por um lado, a vontade de experimentar vem desde a génese dos Paus; aliás, basta olhar para a estrutura atípica do quarteto e a forma como cada álbum se recusa a repetir as fórmulas do anterior. Por outro, a banda foi somando colaborações nos seus 14 anos de atividade, tanto ao vivo nos ciclos de concertos Só Desta Vez como em vários dos seus projetos. Se LXSP, EP de 2019, foi concebido em São Paulo com vários artistas brasileiros, YESS, o quinto álbum lançado nesse mesmo ano, contou com o toque eletrónico de Grassmass ao longo de vários temas.

No entanto, Paus e o Caos representa um novo patamar para os seus quatro criadores na forma como une as duas tendências acima descritas. É Paus em esteroides, tornando a sua natureza polirrítmica ainda mais “poli” com a percussão acrescida e pintalgando um quadro já de si colorido com saraivadas de saxofone e jatos uivados de guitarra. É também o interromper daquilo que a banda estava a começar a encarar como um padrão.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

[o álbum “Paus e o Caos” está disponível na íntegra no Spotify:]

“Por mais que achássemos sempre que um disco novo era muito diferente do anterior, normalmente o que acontecia é que, mesmo estando entusiasmados com essas mudanças, mostrávamos a alguém que já conhece a banda e ouvíamos ‘ya, isto soa a Paus. Nós ficávamos ‘porra, era fixe que dissesses que não estavas nada à espera disto!’ Estando dentro do processo, para nós cada álbum é super distinto e podemos até ter uma conversa a destrinçar as diferenças entre cada um, mas não sei até que ponto não é uma coisa muito hermética e que não passa para fora como gostaríamos”, admite Hélio.

Imperou então a “vontade de explorar sítios novos”. “Por mais que o Makoto compre mais pedais, o Fábio mais sintetizadores e eu e o Quim mais percussões, vai ter sempre o nosso cunho. Os sons podem ser diferentes, mas a assinatura é muito nossa, ao passo que quando trazes outras pessoas, a linguagem é mesmo diferente”, afirma. O seu colega de baquetas sintetiza a ideia numa frase: “Quão ‘Paus’ é que ‘Paus’ pode ser se pusermos em causa a ideia de sermos só nós os quatro?”

Um álbum enquanto “terapia”

Não obstante a frase anterior, um dos aspetos mais curiosos de Paus e o Caos é que a decisão de convidar colaboradores não fez parte da premissa inicial e até foi tomada muito tardiamente. “Já tínhamos o disco feito e mixado, pronto a ser masterizado e a ir para a fábrica, sem estas três pessoas incluídas”, revela Makoto. Estávamos em julho de 2022, mas foi no decurso do Festival F, em Faro, que Fábio Jevelim decidiu baralhar as coisas.

“O Fábio veio com a ideia de ‘destruir isto’, de misturar tudo, de chamar pessoas e levar o álbum para outro sítio qualquer”, continua o baixista. O veredito à época era de que se tratava de “um disco muito bom de Paus, mas era ‘só’ um disco de Paus”. “Quisemos obrigar-nos a fazer coisas diferentes. Chegámos a uma altura em que nós os quatro já tínhamos feito tanta coisa que acreditámos que se trouxéssemos mais pessoal, ia ser algo que dar-nos-ia mais pica de interagir musicalmente com a base de PAUS”, acrescenta o teclista.

“Quando estás a ficar mais velho, começas a perder a paciência para ser sempre o primeiro a fazer concessões. Percebes que a forma como podes dormir à noite descansado passa pela forma como limitas melhor aquilo que permites e não permites nas tuas relações. O que é que estou disposto a permitir e o que não estou disposto?"
Quim Albergaria

Mesmo que a ideia de abrir Paus e o Caos a influências externas não tivesse ido avante, este acabaria sempre por ser um álbum muito diferente para a banda devido às circunstâncias em que foi concebido. Se antes o grosso da música era criado no estúdio numa lógica de experimentação e de reação entre o quarteto, este disco surgiu com ideias e excertos pensados durante os confinamentos de 2020 e 2021. Ainda que entre risos haja admissões de que nem todos cumpriram essa tarefa, cada membro ficou encarregado de trazer material para quando todos se juntassem e esse método ficou plasmado na música. É um lançamento com “a paciência destes quatro anos, da pandemia, o obrigar a banda a olhar para dentro e pensar ‘porque é que vamos fazer um sexto disco, qual é a razão?”, aponta Quim.

Desde 2009 que os Paus fazem questão que cada álbum saia com um propósito bem definido. Nesse aspeto, a sua discografia está repleta de cápsulas do tempo para a banda, tanto na sonoridade dos álbuns como no seu processo de criação. Perante esta análise, Quim Albergaria concorda. “Além de emocionalmente, se fores olhar para os discos todos consegues apontar biograficamente onde estávamos e associar a uma data de memórias”, afirma, sendo que “é fixe ser percetível que cada disco tem a ver com o momento em que foi feito e onde estávamos enquanto músicos e pessoas”.

“Por exemplo, o Madeira [de 2018] não é só sobre a ilha porque soa assim, rico e luxuriante. É porque estávamos numa altura fixe de banda, estávamos a reagir ao Mitra e foi um momento muito grande de libertação para nós. Tínhamos uma editora nova e uma estrutura. Foi super fácil de fazer”, explica. Já o seu sucessor, YESS, chegou com “toda aquela estrica e sarcasmo que também tinham a ver connosco. Estávamos em modo punk, as relações que tínhamos entre nós e com a editora giravam à volta disso, de pensar ‘bora lá espicaçar’ e o disco sai meio nervoso e parvalhão e ‘in your face’”, compara.

Makoto Yagyu, Quim Albergaria, Fábio Jevelim e Hélio Morais: os Paus em 2023

As mudanças de disco para disco devem-se ao facto dos Paus serem “uma banda que compõe para dentro”, continua o baterista. E explica o que isso significa: “Não somos aquele tipo de bandas que quer seguir um género ou um objetivo ou entrar naquela playlist, a preocupação da forma não é para um resultado, é para um efeito interno que é excitar estas quatro pessoas”.

Nesse sentido, Hélio Morais sugere que “Paus e o Caos” é “um disco surgido de um processo de aprendizagem e de reconstrução, funcionando quase como “o retrato de uma conversa que temos vindo a ter os quatro ao longo dos últimos dois ou três anos”. “Boa parte das músicas começaram com beats que o Makoto criou sozinho durante a pandemia, depois trouxemos isso para estúdio, gravámos e compusemos em sessões mais espaçadas do que era habitual para nós. E depois decidimos fazer o que o Fábio sugeriu e acrescentar pessoas. Na verdade, este é um disco que não capta só um momento específico de tempo, capta um definir do que são os Paus ao longo dos últimos anos, uma terapia quase”, conta.

Uma (boa) crise existencial

“Queimei a bandeira, tracei a fronteira. Já não sou o que permiti. Vai embora, sai daqui”, é gritado por Quim Albergaria no clímax frenético de 9s Fora, uma das mais enérgicas canções do disco. A ideia que parece passar — em conjunto com outras letras polvilhadas por Paus e o Caos — é que este se trata de um álbum de confronto, talvez mais punk ainda que YESS. Mas a banda discorda dessa observação.

Apesar de conceder que é o “disco mais rápido em termos de andamento” para Paus, a lógica que impeliu o quarteto foi acima de tudo a definição de limites no que toca ao relacionamento com os outros. “Quando estás a ficar mais velho, começas a perder a paciência para ser sempre o primeiro a fazer concessões. Percebes que a forma como podes dormir à noite descansado passa pela forma como limitas melhor aquilo que permites e não permites nas tuas relações, sejam profissionais, sejam amorosas, sejam até na rua ou no trânsito. O que é que estou disposto a permitir e o que não estou disposto? Sinto que esse é um dos temas que abrange este disco”, contrapõe Quim.

“Tínhamos a noção de que [a nossa música] já era um caos por si e quisemos perceber o quão mais caóticos podíamos ser. Como somos uma banda que não tem muito espaço na música, a ideia era também chamar vários músicos e tentar identificar os espaços — na minha opinião, há sempre, tens é de saber onde. Foi a nossa ideia de tornar Paus num comboio desgovernado.”
Fábio Jevelim

Em Calma, por exemplo, essa necessidade estende-se aos próprios Paus. “Mesa posta, garfos e facas, afiadas como as línguas. Mãos à vista e sem tocar nos talheres, nem que insistas, isto não é como queres” é uma letra que, na verdade, se aplica aos quatro e às tensões naturais que decorrem das dinâmicas de uma banda. “Essa música surgiu do refrão, que foi uma frase que eu trouxe. Às vezes as bandas têm tensões, nós tínhamos as nossas e a ideia era de fazer um apelo tipo ‘pessoal, ‘bora estarmos todos tranquilos a conversar de coração aberto, porque se chegamos todos à mesa já assim, não conseguimos falar’. Foi terapêutico, não foi num sentido de confronto, senão não fazíamos o disco!”, explica Hélio, antes de uma risada geral.

Porém, se a ideia passou por redefinir limites através das letras, também procurou expandi-los na música. “Tínhamos a noção de que [a nossa música] já era um caos por si e quisemos perceber o quão mais caóticos podíamos ser. Como somos uma banda que não tem muito espaço na música, a ideia era também chamar vários músicos e tentar identificar os espaços — na minha opinião, há sempre, tens é de saber onde. Foi a nossa ideia de tornar Paus num comboio desgovernado”, explica Fábio Jevelim.

Um dos riscos que os projetos colaborativos encetam é que muitas vezes resultam em menos do que a soma das partes, música sobretrabalhada e ensimesmada. Na ótica de Quim Albergaria, isso é “o resultado de um compromisso”, onde “as duas identidades estão ali a arranjar um meio termo para fazerem sentido estarem na mesma música ou no mesmo no disco”, acabando por não soar nem a uma coisa nem a outra. Não foi o que aconteceu com Paus e o Caos.

[o vídeo de “Calma”:]

“Esta é uma colaboração, mas o que eles vieram fazer são arranjos sobre uma composição já feita. Ou seja, a intenção original manteve-se por completo, a canção é aquilo que era suposto ser desde o princípio”, declara o baterista. A lógica, ao invés, foi pensar “o que é que um percussionista pode pôr por cima que se justifique musicalmente e que cumpra o desígnio de cada canção”, aplicando-se também ao saxofone e à guitarra. “Não houve qualquer tipo de condescendência ou um compromisso daquilo que a canção queria ser na nossa composição original. O que entrou dos outros músicos foi para validar, sublinhar e somar a isso. Se ela já era urgente, ficou mais ainda”, explica Quim.

Outro equívoco que a banda trata logo de esclarecer tem a ver com a escolha dos músicos, já que, por exemplo, João Cabrita — que tem um currículo demasiado extenso para encurtar aqui — é um velho conhecido dos Paus: não só colaborou com Hélio Morais no seu disco a solo como tocou com a banda num dos concertos “Só Desta Vez” em 2017. A sua vinda, porém, foi uma consequência da banda sentir que fazia falta saxofone no disco e não um desígnio. Ou seja, o quarteto pensou primeiro o que faria sentido adicionar às canções e foi depois escolher a dedo os músicos. “Estávamos à procura de arranjadores. Se falta ocupar esta zona, quem é que pode fazer um arranjo para isto?”, abrevia Quim.

No caso acima descrito, a escolha era óbvia porque, como resume Hélio Morais, “o Cabrita está para os saxofones como a Gilette para as máquinas de barbear, faz sempre falta”. Já no caso de Iúri Oliveira — que também tem um enorme rol de colaborações — Fábio Jevelim diz que a pergunta foi: “Quem é que vai ter ideias para no meio desta salganhada toda que são as duas baterias mais beats eletrónicos ver onde há espaço?” E quanto a Thomas Attar, produtor e músico franco-americano, procuraram quem trouxesse “frases características” de travo arábico na guitarra.

Paus convidam, Paus experimentam

Como tal, Paus e o Caos soa a um disco que foi beber tanto às tendências afrofuturistas da cena Jazz londrina — The Comet Is Coming e Sons of Kemet vêm à memória — como às paisagens cósmicas do krautrock e aos cenários desérticos do rock psicadélico. Batidas afrobeat seguem-se entre síncopes neuróticas de sopros e floreados microtonais do Saz de Thomas Attmar. Já Entrei em Sítios Que Não Queria, por exemplo, é uma correria alimentada a funaná e baixos graves com explosões de teclados estridentes e guitarras tresloucadas.

Perante este arsenal de sons, impressiona que não tenha sido concebido de raiz e que sim resultado de camadas no processo de composição, já que soa orgânico e não uma colagem de sobreposições. Makoto explica que houve muito trabalho de edição para definir os tais espaços acima referidos por Fábio. “Há muitas coisas que se tornam redundantes e tivemos de limpá-las num trabalho de pós-produção”, diz. Em que sentido? No de retirar partes para “fazer valorizar os instrumentos que acrescentassem mais. Isso fez com que aquilo não ficasse uma amálgama, um caos completamente descompensado. É um caos organizado”.

“O que é estarmos estabelecidos realmente? Se não produzes e se não continuas a fazer coisas em que acreditas, que tenham relevância e sejam pertinentes, também não te serve de muito o teu passado. Porquê continuar uma banda sem discos novos? [...] Vamos forçar tours para quê? Quem o quiser fazer que o faça, isto não é crítica nenhuma, é uma questão de posicionamento."
Hélio Morais

Essa última expressão sintetiza o que os Paus oferecem neste momento, tal como demonstraram no ensaio onde o Observador esteve. Sem poder contar com Iguana Garcia e Iúri Oliveira nesta sessão, bastou João Cabrita para transportar o seu som para outro tipo de rasgo. Os The Stooges mostraram há mais de 50 anos como um saxofone faz a música rock transcender e o quarteto não ignorou essa lição.

Apesar de Hélio Morais se encontrar lesionado — uma queda a fazer escalada resultou numa entorse feia a fazer-se notar num enorme inchaço —, nem por isso se notou a sua dificuldade em tocar ao nível a que se habituou — fruto da sua química simbiótica com Quim Albergaria. A banda avisou para usar tampões nos ouvidos porque iam tocar alto e alto tocaram, esperando-se que essa energia se multiplique perante um público maior que um mero jornalista sentado a um canto da sala.

Outro detalhe interessante é a adição de canções antigas à setlist para concertos com novas roupagens. Para João Cabrita, essa tarefa foi facilitada por ainda guardar as partituras de quando tocou com a banda em 2017, mas os restantes conseguiram também encontrar formas de acrescentar com qualidade. “O truque é convidares colaboradores que são melhores músicos que tu e que sejam trabalhadores”, diz Quim em jeito de ironia. “E não os castrares, não dizeres ‘gostava que fizesses isto’. Se calhar é uma opinião mais minha, mas quando vou buscar alguém para trabalhar comigo é porque reconheço o meu gosto nas coisas que faz”, completa Hélio.

A superbanda com longevidade

Hoje, os Paus são um projeto encarado como uma banda de direito próprio, mas é crível que desde a sua formação em 2009 houvesse quem acreditasse que se tratava apenas de uma curiosidade, uma superbanda que, como a maioria das demais, tinha um prazo de validade. Afinal de contas, esta era uma nova formação originada por membros de bandas como If Lucy Fell, The Vicious Five e Linda Martini, entre outras. No entanto, o quarteto já vai em 14 anos e 11 lançamentos e não parece demonstrar vontade de parar, não obstante as ocupações paralelas dos seus elementos.

Os Paus ao vivo no M.Ou.Co, no Porto, a 29 de setembro, em palco com João Cabrita no saxofone, Iúri Oliveira nas percussões e Iguana Garcia na guitarra

Meru Freire

Uma das razões que leva a banda continuar, explica Hélio Morais, é que é “muito desafiante fazer um disco de Paus, no bom sentido. Todos crescemos muito a tocar aqui, porque como o processo de composição é sempre colaborativo — quando o Quim está a fazer um beat, estamos os três a opinar, quando sou eu é a mesma coisa, etc — evoluis para caraças”.

Surgido dessa vaga de artistas e projetos que transformou o panorama musical português nos anos 2000, o baterista admite que nunca pensou que Paus viesse a ter a relevância que obteve ao longo de quase década e meia. “Quando começámos a banda pensámos ‘isto é bué fora, não vai encaixar em lado nenhum. Quanto muito vamos fazer umas ZdBs da vida, uma Sociedade Harmonia Eborense e um Maus Hábitos ou assim. Vamos fazer um teatro ou outro, programas assim mais fora’”.

Ainda assim, apesar da fama e do reconhecimento que vieram a granjear, os membros de Paus não acreditam na ideia de poderem continuar a depender disso para ter sucesso. “O que é estarmos estabelecidos realmente? Se não produzes e se não continuas a fazer coisas em que acreditas, que tenham relevância e sejam pertinentes, também não te serve de muito o teu passado. Porquê continuar uma banda sem discos novos? Por exemplo, tocámos muito menos no ano passado e este ano precisamente porque não tínhamos nada de novo. Vamos forçar tours para quê? Quem o quiser fazer que o faça, isto não é crítica nenhuma, é uma questão de posicionamento. Em nenhum dos quatro assenta aquela ideia de tentar fazer dois discos míticos na história de uma música e de um país qualquer — fossemos nós portugueses ou ingleses — e depois tocar esses discos ad eternum sem fazer nada de novo”, afirma Hélio.

“Precisamos dos discos para ter uma razão para ir para a estrada. O que está para trás vale o que vale, deu-nos estrutura e conhecimento para chegarmos aqui, mas não é o que nos faz continuar”, completa. Quim deixa o mote: “É sempre o disco a seguir, o gig a seguir”.

 
Assine um ano por 79,20€ 44€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Já é assinante?
Apoio a cliente

Para continuar a ler assine o Observador
Assine um ano por 79,20€ 44€
Ver planos

Oferta limitada

Já é assinante?
Apoio a cliente

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Apoie o jornalismo. Leia sem limites. Verão 2024.  
Assine um ano por 79,20€ 44€
Apoie o jornalismo. Leia sem limites.
Este verão, mergulhe no jornalismo independente com uma oferta especial Assine um ano por 79,20€ 44€
Ver ofertas Oferta limitada