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Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR
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Lado a lado, sem destaque de uns sobre os outros: os cartazes da campanha para as presidenciais deste domingo, como mandam as regras em França

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Lado a lado, sem destaque de uns sobre os outros: os cartazes da campanha para as presidenciais deste domingo, como mandam as regras em França

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Silêncio e vergonha num dos bastiões de Marine Le Pen. "Terei de fazer um voto egoísta"

Fréjus, na Côte d'Azur, é conquistada pela União Nacional (ex-FN) desde 2014. Mas aqui é difícil encontrar quem assuma abertamente que apoia Le Pen — e a campanha presidencial é quase inexistente.

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Cátia Bruno e Tomás Silva são os enviados especiais do Observador a França

“Campanha eleitoral? Mas há eleições?” Paulo Santos e Manuel Silva não fazem ideia de que, este domingo, os franceses vão às urnas para votar na primeira volta das presidenciais. Estes dois calceteiros portugueses falam francês fluentemente, vivem há anos em Nice e trabalham habitualmente dez horas por dia para acumular horas extra que possam ser descontadas em dias de férias para ir ver a família a Portugal. Esta quinta-feira, estão em Fréjus, uma pequena cidade de 50 mil habitantes na Côt d’Azur, a calcetar um passeio mesmo no centro histórico — que até então era uma simples estrada de alcatrão. “Agora já percebo porque estamos a fazer aqui esta obra, afinal isto é como em Portugal: quando começa a campanha, de repente querem pôr tudo a mexer”, comenta Paulo, imigrante de Penafiel, entre risos.

O desconhecimento dos dois trabalhadores é ajudado pelo facto de que, nas ruas, a campanha eleitoral é quase inexistente. Na esquina ao lado da rua onde Paulo e Manuel estão a colocar pedras da calçada, há uma série de painéis com os cartazes dos candidatos, alinhados, sem que seja dado destaque particular a qualquer um, como mandam as regras em França: o Presidente Emmanuel Macron está ali no meio, seguido por Marine Le Pen (União Nacional, ex-Frente Nacional). Na rua, discreta, quase não passa ninguém.

Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Paulo, calceteiro de Penafiel, a trabalhar numa rua de Fréjus

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A Câmara Municipal fica a poucos metros de distância. Na fachada, pode ler-se o habitual “Liberté, Égalité, Fraternité” que adorna todos os edifícios públicos do país, mas, por cima, encontra-se apenas a bandeira de França a oscilar ao vento, que está forte. O presidente da Câmara, David Rachline, mandou tirar a bandeira da União Europeia um dia depois de ter tomado posse. Foi eleito pela Frente Nacional, já em 2014, numa das primeiras vitórias expressivas do partido a nível local. Até hoje, Fréjus continua a ser a maior autarquia gerida por um representante do partido de extrema-direita em toda a França.

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Os indecisos ainda são muitos: “Macron, Le Pen… Para a minha vida é tudo igual.”

Fréjus é a coqueluche do partido de Marine Le Pen. É aqui, debaixo do intenso sol do sul de França, que se realiza todos os anos a universidade de verão da União Nacional — assim renomeada por Le Pen em 2018, no seu esforço de dédiabolisation do partido que tenta apresentar ao eleitorado como cada vez mais moderado. Foi também aqui que Le Pen inaugurou a sua campanha presidencial em 2021, num comício onde denunciou a “encruzilhada” que diz estar perante o país, “em que um caminho leva ao abismo e o outro ao cume”. “A França é um ator da civilização, que hoje está ameaçada”, avisou à altura, perante aplausos e gritos de “Marine, Marine”.

O presidente da Câmara, David Rachline, assistia na primeira fila. Eleito com apenas 26 anos em 2014, já renovou entretanto o mandato e é uma das estrelas do partido. Apesar disso, não se mostra disponível para falar com os media. Na Câmara Municipal de Fréjus, é fornecido ao Observador o número de telefone do seu assessor — este, porém, não atende telefonemas nem responde a mensagens. Umas ruas acima, a sede da União Nacional está deserta. Na parede pode ver-se um cartaz com os rostos de Macron e de Le Pen e a legenda “Sem ele, com a Marine”. A porta, porém, está fechada: “Abertos às quartas-feiras e sábados”, pode ler-se. Nem em tempos de campanha tal muda.

Rachline, porém, é popular em Fréjus e isso nota-se. Marion está às compras numa das feiras da cidade, perto da Avenue de l’Agachon, na periferia, quando é questionada pelo Observador sobre o que pensa do autarca. “Ele é perfeito”, comenta a francesa, que se mudou de Toulon para esta cidade há dois anos, para vir trabalhar como assistente num lar de idosos. “A vila é segura e tem muita coisa. Há vida noturna, há lojas, é ótimo.” O que, ressalva, não a faz votar automaticamente em Marine Le Pen no próximo domingo: “Se votar, é pelas minhas próprias opiniões, é uma escolha minha, não terá nada a ver com o que acho do presidente da Câmara.”

René Bonnot concorda. “Tenho 60 anos, sempre morei aqui, e vejo as diferenças desde que ele está no poder”, afirma a reformada. Contudo, quando questionada pelo Observador sobre se também apoiará a União Nacional para as presidenciais, Bonnot diz — à semelhança de Marion — que ainda está indecisa. “Olhe, não percebo nada de política… Mas vou votar. Não faço ideia em quem. Quando lá chegar dou uma olhada no papel e pronto.” A única coisa que diz saber com certezas é que a sua vida está longe de estar num ponto feliz. René começou a trabalhar aos 15 anos: primeiro, como empregada de limpeza em hóteis; depois, no jornal regional Var-Matin, por fim como florista. “Fiz muitas coisas, mas sempre por pouco dinheiro. Foram 44 anos e um trimestre a trabalhar, para no final receber 1.050€ de reforma por mês. Tenho que pagar a renda, a eletricidade, as contas todas… No final, não me sobra mais nada. Não viajo, não vou a restaurantes, não faço nada. Fico só em casa. Sozinha”, conta. “Macron, Le Pen… para a minha vida, é tudo igual.”

Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

René diz que só decidirá em quem vota no domingo, quando receber o boletim

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Apesar disso, René tenciona ir votar, embora decidindo só mais em cima da hora a qual dos candidatos vai confiar o seu voto. Como ela, há muitos franceses. Um estudo divulgado esta quinta-feira pela Kantar Public garante que um em cada cinco eleitores estão ainda indecisos, “um nível de hesitação entre candidatos sem precedentes”. A maioria hesita ou entre Jean-Luc Mélénchon (extrema-esquerda) e Le Pen ou entre Macron e Le Pen.

Rússia é tema de campanha para poucos, aumento da idade da reforma preocupa mais

Na feira da Avenue de l’Agachon, já há quem tenha o seu voto decidido. É o caso de Anne (nome fictício, preferiu não revelar a sua verdadeira identidade), que apoiará convictamente o Presidente Macron no domingo. “Mas aqui é tudo Frente Nacional, porque aqui há muita gente em baixo”, lamenta. “Não me atrevo a falar muito com as pessoas no geral sobre política. Esta é terra da Frente Nacional e aqui sentimo-nos um pouco excluídos. Por isso não dizemos nada.”

Uma das principais razões que levam Anne a apoiar Macron é a guerra na Ucrânia que, diz, a assusta: “Mas confio completamente nele para gerir isto.” Um reflexo da tendência registada no início do mês, em que as sondagens revelavam como o papel de Macron na tentativa de uma solução diplomática para o conflito lhe tinha dado um empurrão nas sondagens — que, entretanto, se desvaneceu. Anne critica a postura de Marine Le Pen face à Rússia — o partido paga atualmente um empréstimo concedido por um banco russo e, ainda não há muito tempo, a líder da UN dizia “admirar Putin”, enquanto colocava nos seus cartazes de campanha uma foto do encontro que tiveram em 2017.  “No outro dia estive a ver a entrevista dela na TF1. É assustador, porque ela não é pela Europa e isto é sério”, indigna-se a francesa. “Vou rezar para que Macron vença.”

A guerra na Ucrânia é tema que tem ensombrado a campanha de Le Pen, razão pela qual a candidata tem feito um esforço para se distanciar de posturas do passado. Há poucos dias, clarificou que quando fala em “compreender a Rússia” se está a referir ao povo russo e não ao seu Presidente, por exemplo. Mas este não é um tema que faça Le Pen perder assim tantos votos, a avaliar pelas conversas que Hervé vai ouvindo na sua queijaria, mesmo no centro histórico de Fréjus: “As pessoas só falam de duas coisas: até há pouco tempo era a Covid, agora é o custo de vida”, garante.

Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Hervé queixa-se da decisão de Macron de aumentar a idade da reforma

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O uso de máscara em estabelecimentos comerciais em França deixou de ser obrigatório há cerca de um mês — “convenientemente mais perto da eleição”, nota Hervé —, mas ainda há quem a use. “Há muita gente ainda com medo da doença, muita, muita gente”, garante este comerciante. A si, preocupa-o mais outro tipo de temas: “O aumento da idade da reforma deixou-me muito chateado, estava a fazer contas, já não faltava muito para poder parar e agora isto”, lamenta-se, referindo-se à decisão de Emmanuel Macron de aumentar a idade da reforma dos 62 para os 65 anos. Perante a impopularidade da medida, o Presidente garante agora que tal será aplicado de forma “faseada” e com “apoio da concertação social”. Hervé está chateado, mas apesar de tudo reconhece qualidades ao candidato do En Marche, por ser “um político profissional”. É isso o suficiente para fazer votar nele no domingo? “Bom, não diria tanto.” Hervé garante que está ainda indeciso.

“Pronto, vou dizer-lhe, não tenho vergonha: vou votar na Marine Le Pen”

O padrão em Fréjus é algo habitual, com quase todos os habitantes ouvidos pelo Observador a dizerem que só escolherão em quem votar mais perto da ida às urnas. A maioria, porém, invoca os temas da economia e do custo de vida como principal preocupação — temas que têm sido o coração das campanhas de Le Pen e de Jéan-Luc Mélenchon. Os resultados eleitorais, porém, mostram que Mélenchon não deverá ter grande sorte aqui: nas eleições presidenciais de 2017, por exemplo, Fréjus deu 33,5% dos votos a Le Pen na primeira volta. Macron só apareceu como terceiro mais votado, atrás ainda de François Fillon, dos Republicanos (centro-direita).

É, porém, um voto envergonhado. Veja-se o caso de Othelo: eleitor da Frente Nacional há décadas, hesita inicialmente em revelá-lo ao Observador. “Diz, vá”, incentiva um amigo. Por fim, o antigo militar acaba por falar: “Pronto, vou dizer-lhe, não tenho vergonha. Vou votar na Marine Le Pen, já voto há 30 anos na FN. A França está em decadência e parece-me que, finalmente, está a reagir”, diz, referindo-se à sondagem do dia que mostra Le Pen e Macron em empate técnico — com a líder da União Nacional a apenas um ponto percentual de distância do atual Presidente francês.

Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Othelo é eleitor da Frente Nacional há 30 anos

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Nascido em Marrocos, Othelo é um dos franceses originário de uma antiga colónia do Magrebe e que teve de vir para França na década de 50, após a vaga de independências, à semelhança dos “pied-noirs” da Argélia. Esta quinta-feira, Othelo veio ao Museu do Antigo Combatente de Fréjus ouvir uma conferência a propósito dos “Começos da Haute-Volta”, o nome da antiga república que precedeu a independência do Burkina Faso. O debate sobre a prevalência do voto “pied-noirs” na Frente Nacional é já antigo em França, mas Othelo não quer alongar-se sobre ele: “Tenho de ir, estou com pressa”, diz, apontando para o relógio que traz no pulso. Ficou assim por saber o que pensa sobre o memorial inaugurado pelo autarca Rachline em 2015, em Fréjus, “em homenagem a todos os que morreram para que a França pudesse viver na Argélia”

No mercado da periferia de Fréjus, os eleitores também não querem saber da memória colonial. A assistente de lar Marion, por exemplo, diz que só um tema lhe importa: “o poder de compra”, tema trazido recorrentemente por Marine Le Pen à campanha e que a tem beneficiado segundo os estudos eleitorais. “Digo-lhe: quando votar, tenho de pensar no que aquela pessoa vai fazer por mim, terei de fazê-lo de forma quase egoísta.” Perante o Observador, diz-se indecisa, não quer assumir o voto em Le Pen, mas deixa claro que não votará em Macron: “Ele só defende os interesses dos mais ricos. Não quer saber de nós, os mais insignificantes, os que sofremos.”

Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Reportagem na cidade de Fréjus, em França, uma cidade que apoia maioritáriamente Marine Le Pen, a principal candidata às presidênciais de francêsas, a seguir a Emmanuel Macron, atual presindente da Républica de França. As eleições para a 1ª volta realizam-se no próximo dia 10 de Abril. 7 de Abril de 2022 Fréjus, França TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Marion e a filha, Julie, numa feira em Fréjus

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