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Enquanto dormia… |
… Patrícia Sampaio devia ainda estar a olhar para a medalha. O judo voltou a colocar a bandeira de Portugal lá no alto, com a medalha de bronze na categoria -78 kg. O grito com que entra na arena mostrou o foco da atleta em cada combate. Até ao da disputa da medalha. Foi com surpresa que viu a adversária perder nessa derradeira luta. E foi com lágrimas que subiu ao pódio. O bronze é de Sampas. O judo nem foi para Patrícia Sampaio um amor à primeira vista: “É um relacionamento com altos e baixos, que envolve choro, tristeza, blocos operatórios, desilusões…” E agora envolve uma medalha de bronze. A quarta medalha para o judo nos Jogos Olímpicos, a 29.ª de Portugal. |
A medalha para Filipa Martins foi ter ido à final da geral (all around) individual da ginástica artística. Ficou no 20.º lugar desta competição, o mais alto conquistado pelas cores nacionais. Nesta prova Filipa Martins era a mais velha, 28 anos. Competia com a que era, então, a campeão olímpica, Sunisa Lee, mas os olhos estavam postos em outras atletas. Uma em particular. Simone Biles arrecadou o ouro. Depois da surpresa em Tóquio, em que desistiu colocando a saúde mental dos atletas no topo das discussões, chegava a Paris com um objetivo bem focado. E até agora conseguiu a medalha individual e a medalha coletiva. O último exercício, no solo, foi o seu statement. Biles não deixava nada por fazer. A disputar o ouro estava também a brasileira Rebeca Andrade, outra grande história do desporto. O desporto são histórias e histórias de superação. Nestes Jogos há muitas histórias. Todos os atletas têm a sua. Jorge Fonseca também. Ficou pelo caminho mas promete voltar. |
Diogo Ribeiro ainda está lá, chegou às meias finais dos 50 metros livres e já aprendeu uma lição que vai ser valiosa: “Tenho de preocupar-me comigo, não com os outros”. Nas piscinas, Diogo Ribeiro vê máquinas a competir. Uma delas é Ledecky que se tornou na segunda mulher com mais medalhas na história dos Jogos. |
Esta manhã (a partir das 10 horas) Diogo Ribeiro vai disputar a qualificação dos 100 metros mariposa, já depois do combate da judoca Rochele Nunes, que se estreia às 9h. Há mais portugueses a ter provas durante o dia de hoje. Siga o que se vai passando em Paris no nosso liveblog, com o atletismo a permitir mais portugueses a entrar em ação. |
Em outras frentes, o dia foi marcado pela troca de prisioneiros entre o Ocidente e a Rússia. As maiores negociações de sempre para libertar prisioneiros, envolvendo sete países. O jornalista do Wall Street Journal Evan Gershkovich, o antigo sargento da marinha norte-americana Paul Whelan e ainda os opositores contra o regime Vladimir Kara-Murza e Ilya Yashin são quatro dos 16 detidos em prisões russas libertados. Como moeda de troca, o Kremlin conseguiu Vadim Krasikov, antigo membro dos serviços secretos condenado à prisão perpétua na Alemanha, regressou à Rússia e foi a chave nestas negociações. Os prisioneiros libertados já chegaram aos Estados Unidos. |
É também dos Estados Unidos que a declaração de Edmundo González como vencedor das eleições venezuelanas, contra Nicolás Maduro. Foi o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, a declará-lo. É um assunto que também continuamos a seguir a par e passo. |
Tal como a guerra de Israel ao Hamas. Em dois dias, Israel confirmou a morte de dois líderes do Hamas. Na quarta-feira foi morto no Irão o líder político do movimento terrorista Ismail Haniyeh e diz que o grupo está agora mais perto de se render ou ser eliminado. Já Joe Biden declarou que esta morte não ajuda nas negociações para um cessar fogo em Gaza. Este é um assunto que vai estar em debate a partir das 10h no Contra-Corrente com José Manuel Fernandes. Para participar ligue o 910024185. |
Por cá Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, introduziu nova discussão na política nacional, com o Orçamento do Estado para 2025 no horizonte. Admite eleições antecipadas para que o documento das contas não saia desvirtuado no Parlamento. Um recado para Chega e PS. |
É agosto, mas há muito para seguir na atualidade nacional e internacional. Fique connosco e aproveite para ir jogando o nosso Sudoku e o AbraPalavra. E já ouviu o primeiro episódio da história do rei inglés que esteve na mira da nazis, britânicos e portugueses na mansão dos Espírito Santo, em Cascais? No primeiro episódio da nova série dos podcast plus do Observador, “Um Rei na Boca do Inferno”, o Duque de Windsor chega a Portugal em 1940 e fica em casa de Ricardo Espírito Santo. Cada novo episódio é sempre publicado às terças-feiras no site do Observador e nas principais plataformas de podcast, como na Apple Podcast e no Spotify. “Um Rei na Boca do Inferno” tem narração da atriz Soraia Chaves, música original de Cláudia Pascoal. Os assinantes do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios, ou seja, é possível ouvir a série de seguida. |
Nesta newsletter encontra as notícias de que precisa para estar sempre bem informado nesta sexta-feira em que acontece o primeiro de três concertos do rapper Travis Scott. No site e na rádio do Observador pode contar com todas as atualizações sobre o que se vai passar ao longo do dia. |
Boa sexta-feira, bom fim de semana e boas férias se for o caso |
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NOTÍCIAS RELEVANTES
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Um Rei na Boca do Inferno
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Podcasts
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No primeiro episódio de “Um Rei na Boca do Inferno”, o Duque de Windsor chega a Portugal em 1940 e fica em casa de Ricardo Espírito Santo. Começa um mês de intrigas que envolvem nazis e Aliados.
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Jogos Olímpicos
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Paris 2024
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Nasceu e cresceu em Tomar, foi para Lisboa sozinha terminar o Secundário e correr atrás do sonho do judo, que apareceu pelo irmão e que não foi "amor à primeira vista". A história de Patrícia Sampaio.
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Paris 2024
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Patrícia Sampaio lutou sobretudo contra si, não conseguiu dormir antes das meias e ainda está a acordar de um sonho cumprido em Paris. Difícil só um título para o dia – até que uma frase veio à baila.
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Paris 2024
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Patrícia Sampaio demorou 2.06 minutos a varrer três adversárias de manhã entre duas top 10 e teve na forma como reagiu à derrota com a número 1 a maior vitória para a medalha de bronze em Paris.
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Paris 2024
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Depois de ter passado com 21,91 em 13.º às meias dos 50 livres, Diogo Ribeiro ficou em 16.º com 22,01. Não era o que esperava, daí saiu a lição para os 100 mariposa: qualificação, meias e uma final?
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Paris 2024
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Com o segundo dia de atletismo chega um forte contingente português a disputar as eliminatórias. Na natação, Diogo Ribeiro compete na mariposa. No judo, Rochele Nunes procura a segunda medalha.
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Paris 2024
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Ultrapassou lesões, lançou um movimento de dificuldade superlativa e cunhou o seu nome num movimento totalmente novo. Despede-se dos seus terceiros Jogos como a melhor de sempre na ginástica nacional.
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Paris 2024
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Respirou fundo, entrou no solo, teve uma atuação que acabou com as adversárias de pé a aplaudir, fez tempo para festejar o inevitável: a melhor de todos os tempos recuperou a coroa que foi sempre sua.
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Paris 2024
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Fonseca desafiou o impossível ao completar novo ciclo olímpico após um ano de paragem mas caiu frente ao campeão olímpico. Não era o mesmo Jorge de Tóquio mas quer ser de novo monstro em Los Angeles.
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Paris 2024
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Com a prata nos 4x200m, Ledecky isolou-se na segunda posição das atletas com mais medalhas olímpicas. Em Paris ainda pode terminar com 14 e aproximar-se de Latynina, que tem 18.
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Paris 2024
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Chegou ao fim a carreira de um dos maiores tenistas britânicos de sempre. Para a história ficam três Grand Slams e 41 semanas no topo do ranking ATP. Murray é o único a vencer dois ouros olímpicos.
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Paris 2024
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A polémica está instalada no boxe olímpico. Depois de ter sido expulsa do Mundial por falhar o teste de género, Khelif viu o COI autorizar a sua presença em Paris. Italiana aguentou 46 segundos.
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Paris 2024
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Kim Yeji tem sido notícia e não apenas por ter conquistado uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos. Os seus óculos especiais e o visual digno de um filme de ação têm gerado curiosidade no público.
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Paris 2024
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Fugiu da Síria em 2015, com apenas 21 anos, e estreou-se nos Jogos Olímpicos em Paris e depois de ter passado meses num campo de refugiados na Alemanha. A impressionante história de Adnan Khankan.
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O que se passa lá fora
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OS NOSSOS ESPECIAIS
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OPINIÃO
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O meu amigo e todos os moços da nossa idade que conhecíamos tinham justificada esperança de um futuro de muito, ou algum, sucesso em Portugal. Hoje não têm.
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A exigência de reparações e pedidos de desculpas por uma ofensa ocorrida na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos é, ou não, entrar no mesmo caminho que se tem vindo a denunciar no wokismo?
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Ter uma rede de apoio torna a vida mais simples e fácil de gerir, pelo facto de as pessoas saberem que tem alguém ali com quem contar, permitindo-lhes sentir-se mais acompanhadas e seguras.
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A correria quotidiana parou um pouco, e a cultura católica, entranhada na sociedade portuguesa, exteriorizou-se como poucas vezes se tem visto.
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MAIS PARA LER
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Livros
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Nativo do Harlem, exilado em Paris, James Baldwin, o escritor que ousou amar a sua herança de negro e filho da terra é, no centenário do seu nascimento, o rosto da justiça que falta cumprir.
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Música
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Esteve em tour com DJ Shadow, no Coachella e na banda sonora de “The Batman”; e a lista de colaborações vai de Danny Brown a Slow J. Antes de atuar no Lux e no Sudoeste, falámos com Miguel Oliveira.
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Nunca mais é sábado
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O Capitólio recebe amantes da 7ª arte para as noites de Cinema no Verão. Na Lego Space as crianças têm direito a um brinde secreto. No Algarve há aulas de pilates com vista para o mar.
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RÁDIO OBSERVADOR
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