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Às 5h13 de segunda-feira, dois minutos depois de ter acordado sobressaltada com o sismo, a Sara Antunes de Oliveira, subdiretora do Observador, entrou no grupo de WhatsApp que junta toda a gente do site e da rádio e escreveu: “Boa noite! Quem está? Sismo agora mesmo, sentido em Belas — acordou toda a gente em casa.” A primeira resposta, imediata, foi da Carolina Pescada, editora de Redes Sociais: “Sentiram??” No mesmo minuto, surgiu a jornalista Marina Ferreira: “Eu senti.” “Senti imenso também!”, escreveu o editor de Fotografia, João Porfírio. Começaram imediatamente a colocar no grupo informações geográficas que permitissem ajudar na notícia. “Póvoa de Santo Adrião, perto de Odivelas”, acrescentou às 5h14 a editora de Atualidade Cátia Andrea Costa. Marina Ferreira: “Acordei com tudo a abanar, estou no centro de Lisboa.” Às 5h15 juntou-se a Joana Moreira, jornalista de Cultura: “Senti também — Penha de França.” “Margem sul também — Sobreda, Almada”, avisou a Carolina Pescada. No mesmo minuto, o subdiretor do Observador Ricardo Conceição entrou no grupo: “Margem sul abanou bem.” Mariana Lima Cunha, jornalista de Política: “Caxias — também se sentiu muito.” Ana Suspiro, grande repórter de Economia: “Acordei, na Parede até fez barulho. É preciso alguma coisa?” Carla Jorge de Carvalho, editora das manhãs da rádio: “Estou perto de Odemira. Foi um barulho enorme.” |
Enquanto eram trocadas estas informações, a Sara Antunes de Oliveira já tinha visto o alerta da Google com a indicação de que o sismo teria uma magnitude estimada de 5,9 — na realidade, foi de apenas 5,3, mas nesta fase inicial havia informações contraditórias. No IPMA e no serviço geológico dos Estados Unidos não havia qualquer dado, por isso foi preciso esperar mais um pouco para ter tudo confirmado. O Carlos Diogo Santos (que nesse dia estava a editar a equipa de reação rápida das manhãs), o Rui Casanova e a Maria Miguel Duarte (que estavam na rádio) começaram logo a falar com a Proteção Civil e com os bombeiros. |
Como se vê, foi tudo muito rápido. Às 5h27, poucos minutos depois do sismo, estava já publicado um artigo no Observador. O alerta seguiu para o telemóvel dos leitores do Observador às 5h31. Na rádio, a notícia foi dada logo às 5h30 e às 6h00 começou uma emissão especial. Seguiu-se uma cobertura exaustiva do que tinha acontecido. Às 6h55 estava disponível um liveblog com atualizações ao minuto — e haveria muitos artigos especiais com informação mais aprofundada: um explicador com “13 perguntas e respostas sobre o sismo de magnitude 5,3 ao largo de Sines”; a notícia de que “Após polémica, Governo garante que Hospital de Lisboa Oriental terá isolamento contra sismos, assim como os hospitais do Seixal e do Algarve”; o aviso de que o “Governo ainda à espera de plano da ASF para criar fundo sísmico em Portugal, onde só uma em cada cinco casas tem seguro”; uma ida aos bastidores para explicar “Como o poder político acordou e reagiu ao sismo”; e uma dúvida: “Do Hospital de Santa Maria à Ponte 25 de Abril, até onde aguentariam as infraestruturas críticas?”. |
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