O marxismo-leninismo reza que nenhum movimento social e revolução pode realizar-se e ter êxito se não existirem condições objectivas e subjectivas para tal, mas, quando a realidade lhe é desfavorável, a extrema-esquerda trai os seus mestres e entra na teoria da conspiração.

O caso da queda de Evo Morales na Bolívia é mais uma prova evidente disso. Qual a principal causa objectiva da fuga apressada desse dirigente do seu país? Foi a descoberta de lítio ou mais uma obra da CIA? Teriam sido “manobras da reacção interna”? Claro que não. Essa causa consistiu no facto de Evo Morales se querer transformar em mais um Fidel Castro na América Latina e a maioria dos bolivianos não querer tal regime.

A acreditar nos dados das Nações Unidas e de outras organizações internacionais, Morales até pode ter contribuído para o melhoramento substancial da vida do seu povo, principalmente dos mais desfavorecidos. Mas isso não lhe dá o direito de eternizar o seu poder. A instabilidade política na Bolívia tem origem na violação das leis por parte do ex-Presidente boliviano: não aceitou os resultados do referendo que lhe impediam de recandidatar-se a mais um mandato e tentou falsificar os resultados da eleição presidencial quando viu que o poder lhe fugia democraticamente das mãos.

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