O recente anúncio da coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS PP, uma nova AD, trouxe uma lufada de esperança para um País que tem definhado, como que doente, durante estes últimos 8 anos.

Na Saúde, tudo piorou, desde tempos de espera para consultas e/ou para cirurgias; número de pessoas sem Médico de Família; número de camas de Cuidados Continuados disponíveis; acesso a Serviços de Urgência; descontentamento crescente dos profissionais de saúde com as condições de trabalho no SNS; etc. etc., sem que qualquer solução, digna desse nome, fosse apresentada.

Na Educação, além do agravamento da falta de professores, que o regime socialista insiste em castigar (tal como aos médicos), passamos a produzir uma geração de estudantes pouco ambiciosa, com maus resultados em áreas fundamentais do conhecimento, fruto de políticas de laxismo e benevolência que descuraram o esforço e o mérito, substituindo-o pelo elogio à mediocridade, com compromisso do futuro de toda uma Nação.

Nas Finanças, espremeram-se todos os portugueses até ao tutano, com políticas fiscais agressivas, mas dissimuladas, tanto nos impostos diretos, mas fundamentalmente nos indiretos, que esmagaram a classe média, tornando-a numa nova forma de pobreza e colocaram as famílias de menores rendimentos em situação de luta pela sobrevivência, coartaram o empreendedorismo individual e asfixiaram as empresas. Foram 8 anos de “apertar o cinto”, com uma carga fiscal sucessivamente recordista, que a ninguém beneficiou, uma vez que os serviços públicos mais valorizados pelos portugueses, como a Saúde e a Educação, vão de mal a pior.

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Na Economia, frustre, fomos ultrapassados pelos países de Leste e mantemo-nos, de forma regular, abaixo da 20ª posição do “ranking” europeu, apenas com duas exceções recentes (2022 e 2023), fruto de uma fortíssima atividade no Turismo, que beneficiou da guerra no Leste Europeu. Setor económico que o Governo Socialista, aliás, atacou feroz e ingratamente, numa tentativa patética de o culpar pela crise na habitação. Continuar a assentar no modelo económico socialista do Estado enquanto principal motor da economia, além de “esfolar” os portugueses, não tem dado grandes resultados, tendo já sido abandonado na maioria dos Países Europeus que o utilizaram, em tempos idos.

Urge, por essas, e muitas outras razões bem conhecidas dos portugueses, apostar numa alternativa. E essa alternativa surge agora, sob a forma da nova AD, como se de um presente de Natal colocado junto ao presépio de todos os portugueses se tratasse. Não poderemos desaproveitar mais esta oportunidade.

A nova AD apresenta-se, já, com os seguintes propósitos:

“a) Com muito mais ambição, para elevados níveis de prosperidade, de crescimento da economia e dos rendimentos e oportunidades para todos os portugueses;

  1. b) Com coragem reformista que fomente a competitividade das empresas, a qualificação dos portugueses, a inovação e geração de valor acrescentado, o reforço do Portugal empreendedor e exportador, a valorização do mundo rural, que salve e reabilite o Estado Social do definhamento em curso, e que assegure a todos os portugueses a saúde, educação e habitação acessíveis e com qualidade;
  2. c) Com forte consciência social e baseada na dignidade da pessoa humana, para combater a pobreza, reativar a mobilidade social, valorizar a família, retomar a exigência na educação e que volte a confiar nas instituições sociais do terceiro setor;
  3. d) Cuja governação tenha elevada exigência ética, integridade, responsabilidade política, respeito pela separação de poderes e pelas instituições, e empenho efetivo no combate à corrupção e tráfico de influências;
  4. e) Que seja moderada, europeísta, atlantista e lusófona, defensora da liberdade, da igualdade de oportunidades, da segurança dos cidadãos e da defesa do País, respeitadora da propriedade privada, que aposte no desenvolvimento sustentável e valorize a cultura, os valores, a língua e as comunidades portuguesas.”

São propósitos de centro-direita, moderada e em que o liberalismo económico é calibrado pelas responsabilidades sociais para com os mais desfavorecidos. São propósitos em que a valorização da família, a dignidade humana, a meritocracia, a ética e a integridade, o direito à propriedade privada e a segurança dos cidadãos cabem na mesma e única conceção de sociedade.

A nova AD é um presente de Natal, colocado junto ao presépio, que esvazia todas as recentes árvores de Natal que floresceram adubadas pelo protesto, pelo popularismo e pela demagogia.