A invasão do Capitólio de Washington por apoiantes de Donald Trump foi uma verdadeira prenda para Vladimir Putin, pois, entre outras coisas, permite à propaganda russa desacreditar a democracia norte-americana, mas, ao mesmo tempo, constitui um pesadelo para o czar, que receia qualquer tipo de “revolução colorida” ou de “veludo”.

Por isso, o Kremlin preparou-se bem para a chegada de Alexey Navalny ao seu país, não obstante Putin não se cansar de frisar, com gestos e palavras, que um dos principais líderes da oposição extra-parlamentar não existe para ele, nem sequer tem nome e apelido.

No fim de 2020, o Parlamento russo aprovou e o Presidente assinou cerca de cem leis que dificultam ainda mais a já complicada situação da oposição. Será mais fácil para a “justiça russa”, multar, prender e condenar políticos, cientistas ou bloggers sob a acusação de “agentes estrangeiros” ou de “publicação de notícias falsas na Internet”. As forças policiais viram os seus poderes reforçados na luta contra os opositores do regime.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.