Artigos publicados
Jovens
Portugal, à vista continua(rá)
Vou envelhecer na minha terra, pois só essa opção faz sentido. Mas até lá estou por aí. Mais exatamente por aqui. A valorizar o incrível que somos. A ser constantemente elogiada pela minha formação.
Lazer
Pausa dos tempos
O meu tempo não tem o valor da minha remuneração dividida à hora, nem a disponibilidade que papel nenhum me legitimou. É meu. Para o bem, mal, vontade ou tédio.
Albânia
Entre o passado e o futuro
A resposta de sorriso aberto foi “ah isto não é a Europa. Aqui o trabalhador acorda, chega, vai beber um café, depois talvez volte e trabalhe, e sai outra vez”. Foi uma constatação sem mais.
Ano Novo
Receita anti enfartamento para o(s) Eu(s) de 2023
Congelemos as retrospetivas ao lado das sobras do Bolo Rei, e sirvam-me lá para finais de Fevereiro quando a minha cabeça (e corpo) já estiverem de novo aptos a receber açúcar e reflexões.
Estados Unidos da América
Made in USA
Se a vocalização de opiniões não resolve a situação, pelo menos lembra-nos que a política não é coisa que exista lá ao longe, para alguns. Sendo nós a base do sistema, somos a razão da sua existência.
Espanha
Contrabandos de além fronteira
O português cresce a ouvir que as palavras pesam. E por aprendê-las caras e impactantes, desde cedo as começa a poupar. Ora por Espanha as palavras são mais baratas.
Pandemia
O Natal em si
O conceito de Natal em si é o oposto disto. Desta irritação. Natal é final com sabor a início. É um sítio mágico, de fechar de círculo, de fim que recomeça. Mas este de 2021 é também saturação.
As alavancas sem nome
As coincidências são só chuva que pode molhar quem se puser a jeito. Molhada e ruminando, percebi que tudo a que somos expostos na vida, começando nas pessoas. Também relações. Trabalhos. Experiências
Isto por cá não é o Texas não
A minha equipa, malta com as ditas casas porreiras nas quais andam de t-shirt todo o ano, mandavam fotografias a cozinhar em fogões de acampamento, enrolados em cobertores medonhos
Pandemia
A fatura paga-se em humanidade
É que agora morre-se por telefone. É uma nova espécie. O pacote inclui deixar de ver a todos que se conhece durante uns tempos, a partir do momento em que se entra no hospital.
Discriminação
Raça de orelhas que teimam em ser mais que cabides
O preconceito vive em nós. No meu caso, lá ao fundo. É uma daquelas maleitas cuja existência eu conheço, mas com a qual convivo bem no seu estado de atrofia quotidiana.
Países Baixos
Crónicas de cidades livres e Pátrias desenrascadas
Livre está também a minha cidade. Vi-a outro dia, quando lá fui espairecer. Está livre de nós. Nós que a fizemos para a encher. De ir ali e voltares, mais ou menos a horas, bem, mal ou médio sucedidos
Desporto
O que se descobre no nada
A minha passagem pelo impressionante metro de Pequim trouxe-me à superfície uma daquelas evidências que o constante preenchimento dos tempos modernos empurra para baixo. O valor do nada.
Não só com couve se pagam dívidas
Fui informada das minhas opções: regressar à Rússia onde já tinha gasto a minha única entrada ou ficar ali, onde sobrava uma cadeira, já que um dos senhores soldados dormia estendido em apenas três.
A crise dos 30
É preciso contrariar e insistir. Comprometer. Esquecer o desconforto da última vez e chegar à próxima. É que não se-me ocorre outra forma de encher o recipiente que não gota-a-gota.
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