Mário Centeno, com o seu chapéu de presidente do Eurogrupo, elogiou a saída da Grécia do seu terceiro programa de ajustamento. Fosse qual fosse a fórmula usada para esse “elogio”, seria sempre criticado, quer pelo que disse no passado em Portugal quer por se esperar da parte do grupo que representa os ministros das Finanças do Euro maior capacidade de reflectir sobre o que se passou na Grécia. Foi naturalmente, e bem, criticado pelo deputado do PS João Galamba.

Pode disfarçar-se, nada dizendo. Mas as instituições europeias não podem olhar para o que se passou na Grécia como um sucesso. Não pensar no que falhou, tentando dali retirar lições para o desenho de políticas futuras de ajustamento, é um gravíssimo e perigoso erro. Tanto mais ameaçador quanto a Zona Euro quer agora assumir sozinha, sem o FMI, futuras intervenções nos países sem acesso a financiamento. Nenhum país aguentará uma receita semelhante àquela, mesmo os países que reagiram melhor à terapia, no topo dos quais está a Irlanda, mas onde podemos também incluir Portugal e a Espanha.

Comecemos por um retrato da economia de quatro dos cinco países resgatados – excluímos o Chipre – usando como fonte a Ameco.

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