Numa sociedade da informação de acesso rápido e simples, mas também de informação falsa, é crucial debater e considerar a inclusão da educação sexual nas escolas como uma medida para desmistificar tabus, promover o conhecimento e criar uma comunidade mais informada e inclusiva.

Dessa forma, acredito que a educação sexual deveria ser integrada na disciplina de Educação para a Cidadania durante o 3º ciclo do ensino básico, com sessões conduzidas por profissionais de saúde, sendo que a participação dos estudantes seria de carácter opcional, mediante autorização do encarregado de educação.

A sugestão de reservar um espaço dedicado à abordagem do tema com a participação de um enfermeiro ou médico é uma medida que visa garantir uma abordagem ao tema mais informada, apropriada e especializada.

Esta abordagem proporcionaria um ambiente mais seguro e informativo, mas também permitiria que os alunos esclarecessem dúvidas com profissionais habilitados, reforçando a credibilidade das informações fornecidas.

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A sugestão proposta seria realizar sessões separadas com base no género dos alunos para aumentar a abertura e a participação ativa dos estudantes. A separação por género pode criar um ambiente mais confortável, incentivando os alunos a expressar as suas dúvidas e preocupações, promovendo, assim, uma discussão mais personalizada.

Além disso, a educação sexual nas escolas desempenharia um papel importante na prevenção da gravidez indesejada em idades precoces, capacitando os jovens a tomar decisões mais responsáveis sobre a sua saúde reprodutiva.

O conhecimento adquirido durante essas sessões não só informaria sobre a importância dos métodos contracetivos, como também abordaria a importância do consentimento, prevenindo situações de violência no namoro e futuras situações de possível violência doméstica.

Promover relacionamentos saudáveis entre os jovens é uma meta alcançável. Ao enfatizar o respeito mútuo, a compreensão e a comunicação aberta estaríamos a moldar uma geração que valoriza e cultiva a tolerância e o bem-estar individual e coletivo.

A educação sexual nas escolas desempenharia, ainda, um papel fundamental na promoção da inclusão entre os jovens, permitindo-lhes compreender e aceitar a diversidade de orientações sexuais. Este conhecimento contribuiria para diminuir a discriminação e intolerância na sociedade portuguesa.

Em resumo, a inclusão da educação sexual nas escolas é uma medida progressista e preventiva, bem como uma necessidade para o desenvolvimento de uma sociedade mais informada, inclusiva e responsável que iria proporcionar aos jovens as ferramentas necessárias para evitar determinadas complexidades na sua vida adulta.